A EMPRESA BRASILEIRA SIGMA FAZ O PRIMEIRO EMBARQUE DE EXPORTAÇÃO DE LÍTIO VERDE DO MUNDO PARA PRODUÇÃO DE BATERIAS
O Brasil embarcou o primeiro lítio verde do mundo no Porto de Vitória (ES), tornando-se pioneiro em atingir o padrão triplo zero (zero carbono, zero rejeitos, zero químicos nocivos), “Lítio Verde Triplo Zero“, o mais elevado nível de sustentabilidade industrial na fabricação de insumos para baterias de veículos elétricos. O Lítio Verde Triplo Zero é produzido no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, e representa uma nova era na indústria mundial de insumos para baterias de veículos elétricos: o pioneirismo do produto brasileiro “verde” viabiliza a neutralidade de carbono a ser atingida pelos fabricantes de baterias de veículos elétricos, atualmente produzidas em mais de 100 grandes fábricas no Japão, Coreia do Sul, China e Estados Unidos, atendendo a uma demanda global significativa de mais de 12 milhões de veículos elétricos projetada para 2024.
O Lítio Verde Triplo Zero é produzido pela empresa brasileira Sigma Lithium. A primeira remessa consiste em 15 mil toneladas de Lítio Verde Triplo Zero e 15 mil toneladas de subprodutos ultrafinos de alta pureza (Subprodutos Verdes Triple Zero), industrializado em sua planta de beneficiamento pré-químico de separação e purificação por tecnologia de meio denso (Planta Industrial Verde), construída a partir de um investimento de cerca R$ 3 bilhões de reais no Vale do Jequitinhonha.
Para atingir o padrão Triplo Zero, a Sigma Lithium desenvolveu processos industriais verdes por meio da utilização de tecnologias de última geração para a produção e beneficiamento do lítio como:
– a separação por meio denso, que dispensa o uso de químicos nocivos na industrialização do lítio;
– a utilização de água com qualidade de esgoto no processo industrial, e reaproveitamento integral desta água;
– a inovação e desenvolvimento de tecnologia de secagem e empilhamento a seco de rejeitos;
– a reciclagem integral dos rejeitos, com a venda do Subproduto Verde Triple Zero e a utilização do cascalho para a pavimentação das estradas rurais de terra das comunidades do Vale do Jequitinhonha;
– a utilização de energia 100% renovável na operação industrial.
A CEO da Sigma Lithium, Ana Cabral, explica que esse lítio representa o Brasil no mundo e define o país como território produtor líder ambiental de insumo tecnológico industrial de lítio. “O Brasil muda de patamar no setor e passa a ser o novo paradigma global de sustentabilidade socioambiental dentro das cadeias globais de fornecimento de insumos para baterias de veículos elétricos: estabelecemos nossa imagem de nação produtora com consciência ambiental e inovação tecnológica de ponta, inovando no primeiro módulo de planta de empilhamento a seco. Ou seja, a vantagem competitiva do nosso insumo reside nos processos industriais verdes, abrindo o caminho para o fortalecimento do Vale do Jequitinhonha como região produtora global: por sermos pioneiros na industrialização do Lítio Verde Triplo Zero, possuímos clientes cativos nos fabricantes de baterias e carros elétricos para os mercados globais cujos consumidores não gostariam de ter ‘insumos marrons’ nos seus carros verdes”, afirmou.
Ao longo dos últimos seis anos, a Sigma Lithium trabalhou para reduzir ao máximo a pegada de carbono de suas operações como um todo. Além da implementação de métodos de produção ambientalmente sustentáveis, a empresa:
– Preservou a água potável da comunidade vizinha à planta, mantendo intacto um ribeirão temporário e, consequentemente, perdendo 25% de suas reservas minerais econômicas;
– Utiliza 15% de biocombustíveis na frota de suas operações minerais;
– Minimizou a supressão de vegetação de caatinga nas áreas de empilhamento de estéril, utilizando áreas de pasto com vegetação já antropizada;
– Introduziu simulações eletrônicas de cargas para diminuir o uso de explosivos nas operações.
Ana Cabral disse ainda que por meio da compra de créditos de carbono originados na floresta amazônica, a empresa passou a contribuir de forma prática para a sobrevivência da floresta. “Acreditamos que créditos de carbono são um dos pilares da conservação da Amazônia, pois mostram para a população amazônica que manter a floresta de pé e conservá-la, integrando um projeto sério de geração de créditos de carbono, é mais economicamente valioso do que cortar as árvores e vendê-las”, concluiu.
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