A ENERGIZZI TRAZ PARA OS CAMPOS MADUROS UMA TECNOLOGIA QUE PROMETE MAIS PRODUÇÃO DE PETRÓLEO

A Energizzi, empresa que atua no setor de óleo e gás e energias convencionais e renováveis, está trazendo uma tecnologia inédita para o Brasil que promete alavancar a produção em campos onshore. Trata-se do sistema AWP@ (Automatic Well Performance), utilizado para aumentar a proporção de óleo em relação à de água na operação dos poços. A empresa planeja investir cerca de US$ 10 milhões nos próximos cinco anos na aquisição dos equipamentos, além dos custos operacionais. A estimativa é de que, com o emprego da tecnologia em larga escala, a produção no país cresça em cerca de 2 milhões de barris por ano. A solução foi desenvolvida e patenteada pela empresa IOISystems, e já foi aplicada em poços no Mexico, Síria e Venezuela, com ganhos substanciais de produtividade, que chegaram a mais de 80%, 53% e 30% respectivamente.

A Energizzi possui a representação exclusiva da tecnologia para todo Brasil, que será utilizada, incialmente, através de projeto piloto em dois poços que a companhia possui na Bahia. A expectativa é alcançar um aumento de 20% a 40% na produção de óleo desses poços. Posteriormente, a empresa irá fornecer a solução para o mercado como prestadora de serviço e arrendamento.  De acordo com o presidente do Conselho do Grupo da Energizzi, Carlos Alberto Brizzi, foram mapeados inicialmente no Brasil cerca de 270 poços elegíveis que poderão se beneficiar com a solução, com um aumento de produtividade de 5.670 barris por dia, o que chegaria aos cerca de 2 milhões de barris por ano: “Há mais de um ano que estamos estudando e negociando esta parceria com representação exclusiva. Iniciaremos os testes agora, em janeiro, em dois dos nossos poços. Pelos resultados que foram apresentados nos outros países, estamos muito confiantes e otimistas de que aqui também teremos sucesso. Nossa previsão é lançar o sistema para o mercado em junho de 2024.” A Energizzi já está com cinco grupos de equipamentos no Brasil, portanto há três grupos de equipamentos ainda não alocados. O projeto é fornecer os grupos remanescentes para outras operadoras, e, após esses cinco grupos, aumentar a aquisição e o fornecimento da solução.

Desenvolvida e patenteada pelo engenheiro de petróleo Gilberto José Torres, a tecnologia consiste eu uma séria de equipamentos, que, comandados por um software autônomo baseado em Inteligência Artificial (IA), favorece o influxo de óleo e limita o teor de água produzida, através do uso da própria energia do reservatório. A presença maior de gás diminui a mobilidade da água, iniciando o processo de drenagem, no qual a vazão da água diminui e aumenta a de petróleo.  “Além de conseguirmos aumentar o volume de extração de óleo, também vamos reduzir os custos de energia e de manuseio com a água. O sistema não tem impacto ambiental, pois não há emissão de carbono. Ou seja, é uma operação limpa, e que prolonga a vida útil da bomba”, explicou o engenheiro de petróleo Alan Bastos, diretor da Energizzi. De acordo com o Painel Dinâmico de Produção da ANP, a média de BSW (Basic Sediment and Water) dos poços em terra nos últimos anos foi de aproximadamente 95%. Com esta tecnologia, a empresa estima uma redução de 30% a 40% nesse teor. Vale ressaltar que a tecnologia se aplica para poços bombeados (BM, BCP ou BCS) e não necessita de intervenção com sonda para a sua instalação, pois todos os equipamentos se localizam na superfície.

“O equipamento traz uma quebra de paradigma na produção de campos onshore. Estamos muito animados com esta inovação, que vai revolucionar o mercado, inclusive, com ganhos ambientais, já que vamos reduzir o consumo de energia elétrica e a utilização de combustível no tratamento e transporte da água produzida”, concluiu Brizzi