A FORESEA E A STARTUP OFFSHORE SPOT CRIAM UMA TECNOLOGIA PARA DESOBSTRUIR TUBOS DE PERFURAÇÃO

Alessandro Pasini, Gerente de Inovação da Foresea, apresenta, na ROG.e, o equipamento emissor de ondas ultrassônicas para detecção de obstruções tubulares

A Foresea uma das grandes empresas em perfuração atuando no Brasil apresentou na ROG.e, um método inovador para detecção de obstruções em tubos de perfuração. Baseada no uso de ondas ultrassônicas associadas a um algoritmo desenvolvido especificamente para o projeto, a solução promete trazer maior precisão, segurança e eficiência a um procedimento considerado crucial na perfuração offshore: a gabaritagem de tubo de perfuração. As eventuais obstruções – por detritos sólidos, como cascalhos, ou acúmulos de fluidos de perfuração, como lama, cimento e detritos sedimentares – podem acarretar corrosões e danos estruturais ou entupimento de ferramentas e jatos de brocas, o que prejudica o desempenho e pode até provocar falhas operacionais graves e acidentes. Para evitar esses transtornos, atualmente é feita a inspeção por meio de um gabarito físico que, introduzido nas seções tubulares, testa qualquer restrição de passagem. Hoje, esse procedimento é feito nas plataformas com a necessidade de lançamento manual do gabarito em altura na torre, trazendo riscos e atrasos operacionais não desejados. Por sua importância na garantia da segurança das operações de perfuração, a gabaritagem está no foco de pesquisadores interessados em aprimorar o processo. Em parceria com a startup Offshore SPOT de Itajubá (MG), a Foresea analisou diversas tecnologias que podem ser usadas para inspeção desses tubos,  radiografia, endoscopia, entre outras. “A tecnologia por ultrassom foi a que apresentou mais benefícios.  É economicamente viável, sua aplicação não é complexa, além de proporcionar precisão, portabilidade e eficiência em seus resultados”, explica o gerente executivo de Inovação da Foresea, Cristiano Xavier.

Batizado de ODS (Obstruction Detection System), o método de gabaritagem de colunas por meio de ondas ultrassônicas permite não só identificar se a tubulação está

A equipe de inovação da Foresea na ROG.e: Alessandro Pasini, Gerente de Inovação, Guilherme Santos e Mariana Rocha, analistas, e Cristiano Xavier, Gerente Executivo de Inovação

obstruída, como detectar a posição e a porcentagem dos bloqueios. São utilizadas ondas ultrassônicas longitudinais, transversais e de torção, que se complementam. Ao atingir a obstrução, a onda ultrassônica produz um eco, que ajuda a identificar sua posição. A partir daí, a onda segue longitudinalmente no tubo, na mesma direção, mas já atenuada. O grau de atenuação poderá indicar também o tipo de material que está obstruindo a tubulação. Já a onda de torção tangencia a parede do tubo, ajudando na detecção de obstruções parciais.

Novos ensaios laboratoriais continuam sendo feitos para aprimoramento da solução ODS, sobretudo no que se refere à interpretação das ondas geradas. Depois, serão feitos testes em campo para validar a solução em condições reais de operação offshore. O gerente de Inovação e coordenador do projeto, Alessandro Pasini, explicou que  “Uma vez implementada, a solução do ODS poderá contribuir para todo o setor, trazendo maior precisão, confiabilidade e segurança à gabaritagem. Este é um projeto pioneiro quanto à detecção de obstruções em tubulares  e pode servir futuramente para outras aplicações em diversos tipos de embarcações – navios-sonda, FPSOs, PLSVs. Estamos certos de que esta é uma grande contribuição que a Foresea dá ao segmento offshore.”