A GERAÇÃO NUCLEAR DE ENERGIA É UM DOS DESTAQUES DO PRIMEIRO DIA DA FIEE SMART FUTURE EM SÃO PAULO
Começou hoje (23), em São Paulo, a 30ª edição da FIEE Smart Future, que está voltando a sua atenção para grandes projetos que trarão inovações, conectividade e experiências para toda indústria, adequado-se ,às tendências e demandas do mercado brasileiro. A feira passou por importantes mudanças, como a realização em um novo local, a entrada de um novo setor e integração das áreas de conteúdo com a exposição, potencializando o encontro entre as empresas, especialistas e profissionais interessados em novidades. Esta edição da FIEE se lançou ao mercado como única plataforma de negócios, com mais de 60 anos de expertise e com apoio oficial da ABINEE, oferecendo acesso às novas tendências das tecnologias que estão transformando a indústria através de conteúdo técnico e exclusivo, debates, demonstrações de aplicações industriais e muitas oportunidades de negócios para profissionais dos setores elétrica, eletrônica, energia, automação e conectividade.
No principal debate de hoje, o evento ressaltou a importância fundamental para a necessidade de energia no mundo. Discutiu como o Brasil está se preparando para os novos desafios no futuro, necessitando garantir energia para o crescimento da economia do país. O evento identifica como o principal desafio a exploração dos caminhos para a sustentabilidade e eficiência energética atendendo a crescente demanda por tecnologias e soluções inovadoras que surgem todos os dias, ao redor do mundo, simultaneamente. Entre os temas das palestras desta terça-feira, a energia nuclear foi um dos destaques.
Prestes a retomar as obras de Angra 3, com boas perspectivas para a criação de milhares de empregos a partir do início de 2020, a energia nuclear também é atração no encontro, com a previsão de se construir no país novas usinas até 2050, com uma forte participação do setor privado. Em palestra realizada no evento de hoje, o Presidente da ABDAN, Celso Cunha (na foto ele está ao centro, com o Presidente da EPE, Reive de Barros Santos, à direita, e com o presidente da Abinee, Roberto Barbieri, à esquerda), falou sobre este tema: “O Brasil volta a abraçar a energia nuclear como uma geração fundamental para se chegar às metas assumidas pelo Brasil no acordo de Paris. A energia nuclear é limpa e com grande potencial de crescimento. O Brasil tem um potencial imenso para aproveitar a geração nuclear de energia. Temos tudo para nos desenvolvermos ainda mais neste setor”.
– Como o país está esperando a participação privada nas nossas usinas?
– É uma tendência mundial. Cada vez mais teremos a participação privada, sempre trazendo o que há de mais moderno no setor. Ela chega com os avanços que a indústria espera, com novos elementos, novos fornecedores, num progresso efetivo, como os novos reatores SMRs. Essa será uma tendência mundial. Aqui no Brasil há muitas perspectivas, como pequenos reatores em locais ainda atendidos de forma precária. Seja no Amazonas, no Pará, em Rondônia ou em Roraima.
-A indústria teve uma grande perda esta semana, não, com a morte do presidente da AIEA?
-Bom você falar, porque queria deixar registrado aqui o nosso lamento pela perda, no domingo, do presidente da Agência Internacional de Energia Atômica, o nosso Yukiya Amano (foto à direita). Foi uma grande perda para a comunidade nuclear internacional. A ABDAN pôde expressar isso na mensagem que enviamos à AIEA. Mas quero também deixar registrado o trabalho realizado por ele enquanto esteve à frente da agência. Acredito que toda comunidade nuclear global sentirá a falta dele.
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