A LIDERROLL CONSEGUE A APROVAÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS PARA PATENTE DE UM SISTEMA INTELIGENTE PARA LANÇAMENTO DE TUBOS FLEXÍVEIS
Na semana em que começa o mais importante encontro da indústria petrolífera da América Latina, a ROG.e, uma excelente notícia da engenharia brasileira. A empresa Liderroll acaba de conseguir o reconhecimento de uma terceira patente pelas autoridades de propriedade industrial dos Estados Unidos. “No fundo é uma vitória para a engenharia criativa brasileira”, disse Paulo Fernandes, presidente da companhia e inventor da metodologia reconhecida na patente. O empresário também diz que não teve apoio de qualquer órgão governamental federal de incentivo. Todo planejamento construção dos modelos de testes foram custeados pela própria empresa: “As autoridades americanas responsáveis pelas patentes são rigorosas, mas rápidas e extremamente rigorosas. Quem, já tentou aprovar alguma ideia por lá, sabe o quanto eles são precisos, detalhistas e especialmente rigorosos. E mais ainda, reconheceram através de seus elementos de pesquisas, que a nossa concepção do equipamento e a metodologia construtiva do novo sistema é inteiramente única no mundo. Em outros países que demos entrada, como o Brasil, agora é só esperar o óbvio, pois se os Estados Unidos já deram esse reconhecimento para a LIDERROLL como alguém vai dizer que não é uma invenção nunca antes pensada, pois eles já pesquisaram no mundo todo para ter essa certeza.”
Em entrevista ao Petronotícias, Paulo Fernandes detalha a criação e os objetivos desta nova patente: “Olha, este novo equipamento/sistema proporciona para as empresas que podem usá-lo, um ganho econômico, de logística e prazo construtivo das linhas submarinas que faz das soluções atuais em prática pelas grandes empresas offshore, companheira do nossos conhecidos Barney e Fred Flintstone. Ficam na idade da pedra. Gasta-se muito mais dinheiro e leva-se um tempo muito maior, baixa qualidade na integridade das linhas e com muito mais perigo operacional.”
– Mas o que ele faz exatamente?
– É um sistema totalmente automatizado em forma de loop contínuo de puxada de tramos de stalks únicos por cada viagem que a embarcação que irá fazer o lançamento do duto submarino, comporta em seu carretel, ou seja, se um navio tem a capacidade de carregar em seu carretel. por exemplo: o navio PIONEERING SPIRIT DA ALLSEAS -o maior até onde sei- pode carregar entre 55 a 60 quilômetros de comprimento de um único duto com diâmetro de 12 polegadas com espessura de parede com 12,5 mm. agora você imagine o prejuízo que é o custo de um navio destes parado numa base de carregamento esperando o pessoal de terra, soldar tramo a tramo ou stalk a stalk de 500 a 800 metros ou talvez 1000 metros a 1200 metros de cada vez? quanto tempo leva essa manipulação das pilhas, soldagem, inspeção, dependência das condições climáticas, chuva, neve, raios etc.
Imagine o risco de acidentes, que eu já até presenciei um onde uma escavadeira afundou no terreno e largou uma coluna em cima de um funcionário que veio a falecer. Pois é, isso são riscos e métodos que são eliminados no nosso processo, pois tudo é automatizado e toda a extensão dos 55 ou 60 quilômetros já estariam soldados, 100% prontos, inspecionados sobre magazines de suportes por roletes motrizes lineares em forma de um loop fechado. quando a embarcação encosta é só iniciar a puxada de todo o trecho dos 60 km, auxiliada pelos roletes motrizes que farão o movimento contínuo e ininterrupto de 100% de todo o carretel do navio numa única puxada.
Risco zero, soldas já inspecionadas e aprovadas, independe de fatores externos ou climáticos pois tudo é robotizado. Durante a construção dos tramos ou stalks, toda a movimentação dos tubos é feita 100% por sincronismo de pontes rolantes ao longo de toda tubovia da pré-construção dos mesmos, não havendo dependência de escavadeiras ou da habilidade individual de cada operador. não há falhas. tudo é sincronizado, automatizado e supervisionado por câmeras dotadas e imagens pré-programadas para servirem de parâmetros de supervisão ajustes e correções de anomalias, promovidas com auxílio já da inteligência artificial como mentora da decisão. E pasme, com isso a redução da área necessária para a instalação de uma spool base reduziu em mais de 50% pois avançamos para a vertical.
– O senhor tem outras patentes nos Estados Unidos?
– Temos mais três. E todas inspecionadas e concedidas com o mesmo rigor, que é o lançamento de dutos em ambientes confinados, como os túneis, suportes modulares côncavos para tuneis circulares construídos por TBM (tatuzão) e sejam os tuneis de qualquer comprimento que forem, 100, 200 quilômetros e qualquer ângulo construtivo de inclinação até 90 graus, não nos afeta. Temos capacidade técnica já demonstrada na prática para isso. É uma experiência que o próprio Petronotícias já publicou, que foram o lançamento do duto de 38 polegadas pelo Túnel do Gasduc 3, que será fundamental para o transporte do gás via o gasoduto Rota 3, que levará o gás do antigo Comperj, o Boaventura, agora, não é? Até a Refinaria da Reduc.
Se você me permitir, eu até gostaria de mandar o meu abraço e o meu reconhecimento para a nova presidente da Petrobrás, a Magda Chambiard, que em pouquíssimos meses a frente da companhia, mesmo sofrendo muitas pancadas dos invejosos, mostrou determinação, já proporcionando que as obras finais para o envio do gás para Reduc ganhassem corpo, até, das outras obras que virão necessariamente, como a produção de combustíveis, tanques de armazenamento etc.
Posso falar isso por que já tive a oportunidade, de quando ela era da ANP, de debater com ela modificações para melhorias no regulamento de dutos terrestres (RDT) e já ali vi o quão durona ela é, objetiva e capaz. Foi uma boa escolha. Uma pena o mercado financeiro de ações não estar apostando na mesma altura com a qual eu vejo os valores que os papeis da empresa deveriam refletir com ela no comando.
– Que outra vocês usaram o sistema de roletes motrizes:
– A outra obra que fomos contratos para participar, foi o Gastau, um túnel de mais de 5,1 quilômetros, com apenas 5 metros de diâmetros, sob a Serra do Mar, em São Paulo, que construímos em tempo recorde, ainda na gestão exigentíssima da presidente Graça Foster. Lá, já lançamos três linhas de tubos com diferentes funções. Aliás, deixo a sugestão para que o Petronotícias procure saber com a empresa responsável pela operação do túnel e do gasoduto de 28 polegadas, que deve operar com cerca de 110 quilos de pressão, o que eles estão achando da qualidade dos nossos suportes especiais que lá estão instalados desde 2009, se todos estão bem e em perfeito estado de uso.
Eu não duvido que estão e vão dizer que é marketing nosso essa brincadeira que estou fazendo, mas se eles não nos acionaram, com mais de 15 anos de operação destas peças em uso para nenhuma troca ou manutenção, e olha que foi um projeto Taylormade, que só nós temos os dados de projeto e as peças de reposição, até por que, por óbvio, eles são muito responsáveis e as certificadoras e as operadoras de seguros os obrigam a fazer estas inspeções preditivas e preventivas, ainda mais em se considerando este foi um projeto pioneiro no mundo com um sistema tão especial e tendo um Gasoduto suportado na parede circular de um túnel tão longo.
Com certeza o programa obrigatório de integridade das suas instalações, que eles tanto prezam, está em
dia. E é isso que nos dá tranquilidade e nos enche de orgulho. É bom quando se tem clientes exigentes e diligentes, isso nos impulsiona e ao
mesmo tempo nos dá muito conforto quanto a responsabilidade civil. Imagina, 15 anos e ao que nos consta o cliente está lá sempre diligente, fiscalizando pontos especiais e sem reclamar de nada.
É obra inédita no Brasil, bem diferente do Gasduc III, onde é fácil o acesso, a ventilação e a iluminação. Nele são 5,1 quilômetros de túnel, é como se você entrasse naquele túnel do tempo, que passava na TV. As pessoas claustrofóbicas não devem entrar. É uma sensação diferente que precisa de técnicas, equipamentos e funcionários especializados. O túnel não tem iluminação, é muito aquecido, é muito úmido, tem muita poeira em suspensão, além do que pode ter até ninhos de insetos peçonhentos e cobras venenosas. Portanto não é fácil transitar ali dentro e é um ambiente bem agressivo ao corpo humano e à degradação das peças.
– Mas esses roletes podem ser usados em qualquer tamanho de tubo?
– Sim, temos os roletes de duplo movimento (Bidirecionais) com liberdade em suas três linhas de eixo, temos os Motrizes e de Giro livre, todos
desde a faixa de 6,0 a 118 polegadas, os quais usamos em obras extremamente difícil com muita flambagem lateral e nas regiões mais sensíveis dos Loops horizontais, túneis, píeres e pipe-racks. Cabe destacar que a função dos especiais Bidirecionais é para dar o maior grau de liberdade para a tubulação não destruir a parte civil dos píeres, seus pilares de suportação evitando o colapso da estrutura no mar e em pipe-racks conferindo com isso um novo conceito de segurança que foi amplamente adotado para os novos terminais que foram construídos nos últimos governos do Presidente Lula e Presidente Dilma na Petrobrás e fora dela.
O que nos preocupa hoje é a falta desta visão, ora por desconhecimento das novas equipes que assumiram com a aposentadoria dos mais experientes, ora por resistência com sofismas a conceitos refratários que não querem aceitar que ninguém vive mais no passado, boas mudanças chegaram e com isso melhores resultados estão saltando aos olhos. Mas infelizmente ainda há alguns técnicos que precisam reciclar. Por isso mudanças de cargos e oxigenação sempre são bem-vinda para as empresas.
Nem tudo é o custo inicial de valor presente em uma instalação industrial, quiçá de petróleo e Gás, ainda mais para tecnologias de ponta. Tem-se que olhar para o investimento de longa vida. Ele se dilui e se paga em centenas de vezes. É com diz o ditado: “ A carruagem passa….” é só ver a invasão da I.A. O que não faz nenhum sentido é justamente desconsiderar estas vantagens e maior segurança operacional para as
instalações de petróleo que já vêm operando a décadas, obviamente são as mais maltratadas, e essas ainda
utilizam suporte por roletes da década de 70 a 90 feitos em aço carbono, sendo sempre substituído e que estão constantemente com alta corrosão e induzindo riscos estruturais e de vazamentos sobre o mar X os suportes em polímeros de alta performance em franca operação nos novos terminais e em 2 terminais específicos, desde 2008 e sem nenhuma substituição (todos com atestados). É um contrassenso.
– E quais são as outras patentes?
– Bem, a nossa primeira patente são nos nossos roletes construídos em plásticos especiais, que facilitam
os movimentos do tubo, de acordo com a sua expansão. O vai e vem do material usado, de acordo com a temperatura do ambiente. Os nossos roletes já são usados em piers que sofrem muito com a temperatura do ambiente e também da temperatura do material que transporta. Seja, gás, petróleo, combustível. A maioria dos gasodutos e oleodutos do Brasil, ainda usam roletes de aço, que são problemas sérios e as vezes graves, porque com o tempo enferruja e de acordo com o tempo e peso do produto transportado, amassa e fura o tipo, podendo causar seríssimos problemas. Tanto de Segurança, como ambientais. Quem trabalha nos piers que tem os nossos roletes instalados sabem do que estou falando. Nosso material tem garantia de mais de 20 anos, mas também precisa de manutenção especializada.-
– Esses roletes podem ser usados sem outra função?
– Sim, muitas. Nós desenvolvemos uns roletes especiais que foram usados na balsa BGL 1, da Petrobrás, um navio de lançamento de dutos, com um Stinger, onde lança os dutos no mar e eles mostram sua alta eficiência, pois trabalharam duramente, sobre altíssimas cargas dinâmicas impostas pelas onda marinhas e operando dentro da agua salgada sem apresentar qualquer desgaste significativo frente aos originais em aço com poliuretano que não duravam nem um campanha inteira de lançamento do duto e tinham que voltar para terra para serem substituídos. Foi mais caro o nosso preço de venda? Foi, mas duraram muitos lançamentos.
Imagina só o custo de se desmobilizar uma balsa em alto mar, abandonar um duto no fundo do mar, voltar, pescar este duto lá do fundo, reiniciar as atividades e o preço de novos roletes ultrapassados que se tinham em estoques, e pasme, só para se trocar um único set de rolete, quantos milhões foram economizados com o os nossos roletes em plástico de alta performance só nesta operação? Temos certificados que provam isso.
– Todas as suas patentes envolvem a indústria de petróleo?
– Temos agora a mais nova patente em vias de emissão para sistemas de elevadores sociais, que são bandejas inteligentes, dotadas de comunicação com os aplicativos de entrega da Amazon, Shopee, Temu, E-Bay, Mercado Livre, Ifood; associado a um sistema homologado de desinfecção e esterilização completada com tripla redundância, que objetiva modernizar toda a infraestrutura residencial e eu diria social no quesito,
segurança alimentar, higiene e saúde.
São bandejas 100% automatizadas que ao o operador, o porteiro ou o entregador, escanear a etiqueta do pacote objeto, alimento ou medicação, ela se abre de forma motorizada, já marca o andar do cliente, o avisa pelo aplicativo que sua encomenda está a caminho e notifica ao vendedor dos produtos, com precisão, a confirmação da entrega. Ao ser retirado o produto de cima da bandeja, ela se fecha, comanda o elevador a sua origem e dispara o seu sistema interno de desinfecção por radiação de ultravioleta do tipo “C”. com isso acabará essa coisa horrorosa de você receber sua comida depositada no piso sujo e contaminado dos elevadores. Por obvio foco de prováveis doenças e contaminação. Quantas vezes estes pacotes não saem direto deste chão sujo e param na sua mesa?
AGORA VOCÊ PODERÁ ACOMPANHAR OS DESENHOS DA TECNOLOGIA QUE ACABA DE SER ASPROVADA NOS ESTADOS UNIDOS:
LINK DO SISTEMA PATENTEADO: https://youtu.be/o5ZG5dc0hH4
Deixe seu comentário