A MARINHA BRASILEIRA RECEBERÁ AMANHÃ O SUBMARINO HUMAITÁ, O SEGUNDO PROJETO DESENVOLVIDO PELO BRASIL INICIADO NA NUCLEP

A Marinha vai entregar amanhã (12) o segundo submarino construído pelo Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub). O presidente Lula deverá ir ao Rio, na base naval de Itaguaí, para participar da cerimônia do lançamento do Humaitá, um submarino de projeto francês da Classe Scorpène, de propulsão diesel-elétrico, mas com um grande poder de fogo, com mísseis e torpedos. Desenvolvido para a construção das embarcações da Marinha de Guerra, o Prosub utiliza da transferência de tecnologia entre os países para o desenvolvimento de quatro submarinos convencionais e a fabricação do primeiro submarino brasileiro de propulsão nuclear, com conclusão prevista para 2029 e lançamento para 2033. O projeto está sendo colocado em prática no Complexo Naval de Itaguaí  e pela Nuclep, que participa de todos os projetos desde o início.

O Humaitá tem 72 metros de comprimento e capacidade de deslocamento de 1,8 mil toneladas. A embarcação é a segunda das quatro unidades. O primeiro da classe entregue foi o submarino Riachuelo, em 2022. Todos iniciaram a construção pela Nuclep. Carlos Seixas, presidente da empresa, fala sobre essa conquista e sobre a importância de termos no Brasil empresas estratégicas: “A mostra de armamentos do submarino Humaitá caracteriza, mais uma vez, a demonstração da importância de termos indústrias estratégicas de defesa no  Brasil. A Nuclep, construindo os nossos submarinos, mostra, mais uma vez, a capacidade da nossa indústria nacional, com capacitação técnica dos seus funcionários. E a Nuclep faz parte desse rol, como uma indústria estratégica para o país.”

A parceria com a França para construir os quatro submarinos convencionais e o futuro submarino com propulsão nuclear faz parte do programa de defesa da soberania nacional, como foi com os caças Gripen. A Suécia passando todos os segredos para a engenharia brasileira e a França fazendo a transferência da tecnologia dos submarinos.

A Marinha prevê a construção do submarino à propulsão nuclear, que será batizado de Almirante Álvaro Alberto, pioneiro na pesquisa nuclear do país. Hoje, o Prosub é um indutor da ciência e da tecnologia nacionais, com transferência de tecnologia. Representa a interação de três projetos interrelacionados: a construção da infraestrutura industrial e operacional; a construção e operação de quatro Submarinos Convencionais e a construção e operação do primeiro Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear (SCPN) – objeto principal de todo o Programa.

A tecnologia escolhida pela Marinha é francesa, dos submarinos Scorpène, que usam motores diesel-elétricos. O processo de transferência de conhecimento é amplo. No navio atômico, último do pacote binacional contratado, a participação da engenharia do Naval Group está limitada às partes não nucleares. O projeto original dos quatro modelos convencionais sofreu alterações em benefício do conforto dos 31 tripulantes regulares e da capacidade de alcance, cerca de 10 metros mais longa que a da especificação de catálogo. Uma escolha técnica dos oficiais da Marinha brasileira.