A NATURGY AMPLIA SEU MERCADO NO RIO E NO SUL DE SÃO PAULO, DE OLHO TAMBÉM NA EXPANSÃO DA INFRAESTRUTURA DO BIOMETANO
A Naturgy, distribuidora de gás natural com atuação no estado do Rio de Janeiro e no sul de São Paulo, debateu as perspectivas de expansão do GNV na frota pesada, durante o Seminário de Gás Natural promovido pelo IBP. Hoje, 50% do volume de gás distribuído pela empresa no Rio de Janeiro é referente ao GNV. No estado, 1,7 milhão de veículos leves são convertidos para o uso do combustível, ou seja, cerca de 20% da frota. A meta é ampliar o mercado com a expansão do GNV em caminhões e ônibus. Em relação a infraestrutura de abastecimento, o Rio de Janeiro já conta com dois corredores sustentáveis, na Via Dutra e na Washington Luís. Atualmente, nas duas rodovias, já são 11 postos adaptados para abastecer veículos pesados a GNV. Giselia Pontes Sereli, diretora comercial da Naturgy, disse que “Recentemente, anunciamos investimentos na ordem de R$ 300 milhões para ampliar o projeto para mais 16 corredores sustentáveis nas rodovias que ligam o Rio de Janeiro aos demais estados do Sudeste. Assim, os caminhões poderão ter total autonomia de abastecimento para transitar por estes estados.”
No painel “Novas demandas: gás natural e biometano para frotas pesadas”, a executiva ainda abordou a perspectiva de crescimento do mercado de GNV, considerando a conversão das frotas de ônibus. “Em termos de Mobilidade Urbana temos um potencial imenso. O estado do Rio tem 92 municípios e se considerarmos apenas a cidade do Rio de Janeiro, a frota de ônibus municipais é de 4.000 veículos circulando diariamente. No município, existem 37 garagens e elas estão sob a rede de gás, o que nos dá a possibilidade de abastecer todas elas com GNV. Quando analisamos o volume de diesel consumido por mês, só no Rio de Janeiro estamos falando de 13 milhões de litros por mês. Além de ampliar o mercado, estamos falando em um transporte mais sustentável e mais competitivo, lembrando que a substituição do diesel pelo GNV é uma oportunidade para descarbonizar, pois o gás tem redução de cerca de 20% nas emissões de carbono“, explica Giselia.
A executiva afirmou também que atualmente, a tecnologia para ônibus a gás está avançada, com veículos eficientes, preços competitivos e possibilidade de entrega a curto prazo. Segundo ela, na Colômbia, 40% da frota de mobilidade urbana de Bogotá é a gás e são veículos produzidos no Brasil. Em relação à descarbonização, o benefício será ainda maior com a adoção do biometano. As duas fontes energéticas são intercambiáveis e, nesse sentido, os investimentos em infraestrutura para o gás natural serão fundamentais para a adoção do novo combustível, conforme aumentar sua escala de produção: “O biometano é um sonho em termos de Sustentabilidade. Hoje, distribuímos no mercado convencional cerca de 7 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia e este volume aumenta muito se adicionarmos os volumes distribuídos para as térmicas. Segundo dados da ANP, a produção do biometano no Brasil em março deste ano foi de cerca de 10 milhões de metros cúbicos por mês. Então, o gás natural ainda é essencial para atender à demanda e garantir a segurança energética e as duas fontes atuam de forma complementar. Enquanto isto, estamos trabalhando, expandindo a infraestrutura, que estará preparada para receber o biometano quando a produção alcançar a maturidade“, conclui Giselia.
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