A P-70 CHEGA DA CHINA E JÁ ESTÁ ANCORADA NA BAÍA DE GUANABARA PARA RECEBER OS ÚLTIMOS AJUSTES ANTES DA PRODUÇÃO EM ATAPU
O navio-plataforma P-70, que começou sua viagem rumo ao Brasil no dia 9 de dezembro do ano passado, já está ancorado na Baía de Guanabara, mostrando toda sua beleza. O FPSO fará suas atividades no campo de Atapu, no pré-sal da Bacia de Santos. A unidade saiu do estaleiro COOEC, em Qingdao, na China, onde foram realizadas as obras de integração de módulos da plataforma. O casco do navio também foi construído pelos chineses, no estaleiro Cosco. Para lembrar, um acidente durante o transporte deixou um trabalhador morto e fez com que outros cinco precisassem de atendimento médico. O incidente aconteceu a cerca de 51,8 km da costa da cidade de Durban, na África do Sul. Os operários da Boskalis (empresa que fez o transporte da plataforma) e de outras companhias subcontratadas passaram mal após a ingestão de álcool etílico. Eles foram resgatados do FPSO por um helicóptero e, depois, transferidos de avião para um hospital em Durban.
A obra da P-70 é grandiosa e impressiona pelo nível de complexidade da estrutura. São quase 80 mil toneladas e 316 metros de comprimento. O transporte da P-70 foi feito na modalidade de dry tow (reboque seco). Ou seja, a plataforma foi embarcada em um navio semissubmersível para transporte de carga pesada. De acordo com a estatal, isso possibilitou a redução do tempo de viagem da China ao Brasil em cerca de 40 dias. Em todo o mundo, esta foi a segunda vez que esse tipo de manobra foi realizada. A primeira aconteceu no transporte da P-67, outro FPSO da Petrobrás. A P-70 terá capacidade para processar 150 mil barris de óleo por dia e 6 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. A unidade faz parte da série de plataformas replicantes, cujos projetos foram padronizados para o ambiente do pré-sal. O início de produção está previsto ainda para o primeiro trimestre deste ano.
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