A PETROBRÁS ANUNCIA O INÍCIO DA CONTRATAÇÃO DE DOIS FPSOs PARA O PROJETO SERGIPE ÁGUAS PROFUNDAS
A Petrobrás anunciou oficialmente neste sábado (30) que iniciou um novo processo de contratação para construção de duas unidades de produção de petróleo do tipo FPSO, destinadas ao projeto Sergipe Águas Profundas (SEAP), na Bacia de Sergipe-Alagoas. A modalidade de contratação será do tipo Build, Operate and Transfer (BOT), no qual a contratada é responsável pelo projeto, construção, montagem e operação do ativo por um período inicial definido em contrato. Posteriormente a operação será transferida para a Petrobrás. O processo prevê a licitação de uma unidade firme para o SEAP 2 e uma opção de compra de um segundo FPSO similar, com previsão de aplicação para o SEAP 1. A previsão é que a unidade firme (SEAP 2) entre em operação em 2030. As unidades terão capacidade de processar 120 mil barris por dia (bpd) de petróleo e até 12 milhões de m3 de gás por dia, sendo o gás especificado e exportado diretamente para venda, sem necessidade de tratamento adicional em terra.
No comunicado, a empresa não cita o compromisso de conteúdo local, prometido pelo Presidente Lula aos trabalhadores dos estaleiros. Mas sabe-se que o primeiro FPSO teria o índice de 40% e o segundo, de 30%. A variação seria em função das multas previstas nos contratos. A escolha da modalidade BOT é resultado da estratégia da Petrobrás de buscar novos modelos de contratação de FPSOs. Essa abordagem visa trazer solução para financiar os projetos de óleo e gás, considerando que a unidade será própria da Petrobrás, além de viabilizar o início da produção no menor tempo possível. “Desta forma, a companhia está buscando garantir os benefícios trazidos por novos projetos para a sociedade brasileira e o retorno do investimento para seus acionistas,” informa o comunicado da empresa, que diz ainda que “A Petrobrás segue empenhando todos os esforços para o desenvolvimento desses projetos com economicidade, considerando que estas unidades são estratégicas para ampliar a disponibilidade do gás nacional, além de abrir uma nova fronteira de produção na região Nordeste.”
Para lembrar, o projeto SEAP 1 abrange as jazidas pertencentes aos campos de Agulhinha, Agulhinha Oeste, Cavala e Palombeta, localizados nas concessões BM-SEAL-10 (100 % Petrobras) e BM-SEAL-11 (60% Petrobrás e 40% IBV Brasil Petróleo). O projeto SEAP 2 abrange jazidas pertencentes aos campos de Budião, Budião Noroeste e Budião Sudeste, localizados nas concessões BM-SEAL-4 (75% Petrobrás e 25% ONGC Campos), BM[1]SEAL-4A (100% Petrobrás) e BM-SEAL-10 (100% Petrobrás).
Gás natural e gás associado ZERO? Conteúdo nacional prometido? Cari né, só tributo.