A PETROBRÁS PODE SER TORNAR EXPORTADORA DE GÁS NATURAL LIQUEFEITO NOS PRÓXIMOS ANOS
O diretor de relacionamento institucional da Petrobrás, Roberto Ardenghy, disse hoje (23) no Fórum Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef) de Óleo e Gás que a empresa vê potencial para se tornar um exportador de gás natural liquefeito (GNL) no futuro. Atualmente o Brasil é importador desse produto. O executivo destacou que a estatal espera por um aumento muito grande da produção nos próximos anos e que é preciso “pensar o que fazer com esse óleo e gás no futuro”. Ardenghy disse ainda que a companhia espera colocar em operação nos próximos meses a plataforma P-68. A unidade saiu esta semana do Estaleiro Jurong Aracruz, no Espírito Santo, rumo aos campos de Berbigão e Sururu, no pré-sal da Bacia de Santos. O início da produção desses campos está previsto para o 4º trimestre deste ano.
“Estamos olhando o mercado de gás. Haverá um excedente de gás a ser comercializado [nos próximos anos], tanto no mercado brasileiro, mas também olhando o mercado internacional como um player, eventualmente como supridor de GNL,” disse Roberto Ardenghy. Ele também falou que a empresa olha com muita atenção a participação nos próximos leilões de águas profundas e ultraprofundas, que serão realizados pela ANP entre outubro e novembro, com a 16ª Rodada de concessões, a 6ª Rodada de partilha do pré-sal e o megaleilão dos excedentes da cessão onerosa.
Ele não vê nada de errado no programa de desinvestimentos. Para ele, é uma estratégia normal das petroleiras e não há nada de errado na decisão da companhia de se desfazer de ativos de menor rentabilidade e se concentrar na exploração e produção offshore: “A Petrobrás não está inventando nada. A empresa tem recebido um interesse muito grande de empresas nacionais e internacionais pelos ativos à venda pela companhia. A receptividade tem sido excelente. No refino, vamos manter uma presença forte no Sudeste.”
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