A POLÍCIA DO RIO DE JANEIRO VOLTA A PRENDER PARTE DE QUADRILHA QUE FURTAVA PETRÓLEO DE OLEODUTO DA TRANSPETRO

A bandidagem continua tentando de todos os jeitos roubar petróleo direto dos dutos da Transpetro. Só mesmo mais tecnologia e um estudo sobre a possibilidade de construção de novos oleodutos aparentes para estancar esses roubos. A comunidade de dutos  precisa se mobilizar e pensar em boas alternativas para que esta prática não acabe em mais uma tragédia, como a Vila Socó, e a do Arco do Metropolitano, que podem ser evitadas. Talvez a Transpetro, a mais interessada no caso, possa envolver o CTDUT, profissionais experientes do setor, como Marcelino Guedes, e empresários privados experimentados, como o presidente da Liderroll, Paulo Fernandes, que já defende esta ideia há 15 anos. Ele já debateu este tema (que proporciona economia de tempo e dinheiro ao projeto, com mais segurança) em reuniões com o Ministério de Minas e Energia e com a própria ANP;  Marcelo Bonilha, presidente da EBSE, Gustavo Labanca, ex- CEO  da TAG e hoje Membro do seu Conselho, e ainda Idarilho Nascimento, da Tenaris, são outros bons profissionais que podem contribuir e muito na busca de uma solução para o problema. Nem todo conhecimento está dentro da Transpetro. É preciso humildade para se reconhecer isso. Hoje (2), policiais civis da Delegacia de Defesa e equipes do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Ministério Público do Rio (MPRJ) realizaram a “Operação Infractio”, que mirou uma das muitas organizações criminosas especializadas no furto de petróleo bruto de dutos da Transpetro. Os agentes cumpriram três mandados de prisão preventiva e 20 de busca e apreensão contra chefes e integrantes da quadrilha. Márcio Pereira Gabry foi preso em Minas Gerais.

A operação mirou em outros dois alvos: Franz Dias já foi preso e Mauro Pereira Gabry não foi encontrado e já é considerado foragido. O delegado Pedro Brasil explicou o principal interesse das quadrilhas: borracha e de cerâmica, tem muito interesse,  porque o petróleo  é utilizado como matéria-prima para produção de diversos produtos.” O grupo investigado agia de forma estruturada ao longo dos últimos anos em MG e no RJ, mesmo após terem sido alvos de outras cinco operações policiais.

Técnicos identificaram movimentações suspeitas e localizaram um túnel com aproximadamente sete metros de extensão na região de Rio das Flores, no interior do Rio. O túnel acessava clandestinamente o duto Orbel II. O inquérito revelou um alto grau de sofisticação do grupo, que usava veículos alugados por terceiros, contas bancárias também de terceiros e se comunicava de maneira criptografada, com o objetivo de dificultar a identificação dos verdadeiros responsáveis.

Sérgio Bacci – Presidente da Transpetro

Em nota, a Transpetro, presidida por Sergio Bacci,  afirmou que:

“A utilização de uma tecnologia de ponta realizada pelo Centro Nacional de Controle e Logística (CNCL) da Transpetro, que permite a rápida localização de derivações clandestinas; o trabalho de relacionamento comunitário focado na conscientização com a população que vive no entorno dos ativos, o qual inclui a divulgação do número 168, um canal de comunicação direta entre a Transpetro e a população; além dos convênios com órgãos de segurança pública.

Essa estratégia tem resultado numa redução nos números de derivações clandestinas. Desde 2020, reduzimos em cerca de 90% o número de furtos e suas tentativas nas nossas faixas. Em 2020, foram 201 ocorrências e, no ano passado, 25.

O transporte de combustíveis por dutos é seguro e eficiente, mas intervenções criminosas podem trazer riscos à comunidade. A companhia disponibiliza o telefone 168, um canal gratuito que funciona 24 horas por dia, nos sete dias da semana, para receber denúncias sobre movimentação suspeita nas faixas de dutos, com sigilo garantido”.