A POUCAS HORAS DE UMA SUPER PUNIÇÃO DE 100% NAS TARIFAS, A ÍNDIA VAI EM BUSCA DE NOVOS FORNECEDORES DE PETRÓLEO

Há poucos horas de uma super punição se não parar a guerra contra a Ucrânia, Putin teme colocar seus parceiros também em risco
Começou hoje (6) a vigorar as tarifas dos Estados Unidos para inúmeros países que querem exportar seus produtos para os Estados Unidos. Para o Brasil, sobrou a maior tarifa do mundo: 50%. Hoje, presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a alertar aos países que compram da Rússia, que as tarifas podem subir para eles mais 100%. A Índia, que é a maior compradora de petróleo russo, está indo ao mercado em busca de novos fornecedores. O primeiro sinal foi o aumento nos preços. Por volta do meio dia de hoje, o barril já estava cotado a US$ 68,76, uma alta de 1,66%. A China, outro grande parceiro da Rússia para compra de petróleo, já havia conseguido negociar tarifas mais brandas com os Estados Unidos, mas até agora ainda não se pronunciou sobre as tarifas de 100%. E neste caso, o aumento das tarifas alfandegárias não será apenas para vender aos Estados Unidos, mas também para os 32 países que compõem a OTAN. Trump diz que essas compras financiam a guerra com a Ucrânia. “Vamos tomar uma decisão sobre sanções a países que compram energia russa após uma reunião com a Rússia”, disse o presidente americano. O Brasil está a dois passos desta mesma punição e o país ao invés de ouvir algo concreto sobre negociações sérias, ainda ouve Lula fazer piadas e lançar bravatas contra Donald Trump. No fundo, quer arranjar um culpado para o fracasso econômico de seu governo.
Em 2024, o Brasil foi o segundo maior comprador de diesel russo, ficando atrás apenas da Turquia. Nos seis primeiros meses do ano, o produto russo representou 39,1% do volume adquirido pelo Brasil. O prazo do ultimato dado a Putin para sentar à mesa de negociações e encerrar a guerra na Ucrânia vence nesta sexta-feira (8). Até o momento, o ditador de Moscou não deu sinais de que vai acatar o pedido do republicano. O enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff (foto com Putin), estará em reunião com Putin nesta quarta, segundo informou a mídia estatal russa.
Com a tarifa de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros, o discurso sobre a necessidade de diversificar os destinos das exportações ganha força tanto no setor privado quanto dentro do governo federal. Empresários e autoridades argumentam que a diversificação já era um movimento necessário e planejado para todos os setores, mas que as tarifas anteciparam esse processo. A intenção do Brasil não é substituir integralmente o mercado americano, algo considerado impossível devido à complexidade das cadeias produtivas e ao tamanho do mercado consumidor dos EUA, mas diversificar destinos para minimizar os impactos. Alguns produtos agrícolas importantes para a região nordeste, como a uva e a manga, já caíram de preços no mercado brasileiro, porque não puderam ser colocados no mercado americano. Mas isso só porque os preços estão aviltados e os produtores trocando dinheiro. Não se sustentarão.
O setor privado acreditou que o governo pudesse levar adiante as negociações para redução de tarifas. Foi uma decepção. Até ontem, o presidente Lula insistia em lançar bravatas contra Trump, querendo parecer engraçado quando milhares de empregos e centenas de empresas estão em risco. Efetivamente o governo fica parecendo sertanejo, esperando tempo bom. Lula acha que o presidente Trump vai ligar para ele. Infelizmente o presidente brasileiro não evoluiu nem da sua fase analógica. Continua vivendo como metalúrgico, líder de greves no ABC, comendo pão com mortadela, como ele mesmo disse ontem (5) em Brasília, destratando o presidente americano e lembrando dos sucessos das greves do passado para buscar parecer um líder, como foi aquela época.

Enquanto o vice tenta negociar as tarifas, o presidente faz piada do nosso melhor parceiro comercial
Lula parece não ter evoluído e muito mesmo ter visto o mundo evoluir. A partir de hoje, entramos na Era dos 50% e se não tivermos um governo humilde a ponto de buscar seriamente a negociação, o que nos espera ali na frente, vai fazer muita gente sofrer. O que se vê hoje é o vice-presidente tentar contato para negociar enquanto o presidente busca detratar o líder do mais tradicional parceiro comercial do Brasil. Qual é a chance desta política dar certo?
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