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A PRIMEIRA USINA NUCLEAR FLUTUANTE QUE FOI CONSTRUÍDA PELA ROSATOM COMPLETA CINCO ANOS OPERANDO NO ÁRTICO

acadeParece que foi outro dia, mas a usina nuclear flutuante Akademik Lomonosov completou cinco anos de operação desde que foi conectada pela primeira vez à  rede Chaun-Bilibino, um sistema independente de fornecimento de energia elétrica na região ártica de Chukotka. A usina foi  desenvolvida pela divisão de energia elétrica da Rosatom, projetada para atender áreas remotas não conectadas ao sistema elétrico da Rússia, devido à distância e às condições geográficas extremas. Um dos papéis centrais da usina flutuante é garantir o fornecimento estável de energia para a região, especialmente para projetos de mineração em larga escala na zona de minério de Baimskay, uma das áreas mais ricas em recursos no Ártico, onde se explora ouro, entre outros minérios. A zona de minério inclui o depósito de Peschanka, considerado a peça-chave do complexo. Desde o lançamento, a planta tem aumentado sua produção de forma constante. No período de cinco anos, até dezembro de 2024, ela já havia fornecido cerca de 978 milhões de kWh para o hub energético Chaun-Bilibino, energia suficiente para atender a demanda de toda a região por mais de um ano. Atualmente, 88% da matriz energética do hub é composta por energia nuclear. A usina flutuante responde por mais de 60% do total. Esse crescimento consistente na produção é fundamental, especialmente com os planos de descomissionamento da Usina Nuclear de Bilibino, previsto para o final de 2025. Bilbino, que começou a funcionar em 1974, foi uma das primeiras usinas nucleares a operar em regiões árticas.

Com uma capacidade projetada de 429 milhões de kWh por ano, a Akademik Lomonosov é essencial para compensar a perda de capacidade de Bilibino e atender àusina crescente demanda da região, que registrou um aumento recorde de 15% no último ano. O projeto também deve substituir a capacidade atual da Termelétrica Chaunskaya, com mais de 70 anos de atividade. “Temos aumentado a produção de forma consistente. Cinco anos de operação bem-sucedida no Ártico nos deram uma expertise inigualável na gestão de instalações deste tipo. A experiência sustenta os novos projetos da Rosatom em energia nuclear de pequeno porte, utilizando tecnologia de reatores modulares pequenos (SMR) para desenvolver regiões remotas e isoladas” afirma Andrey Zaslavsky, diretor interino da usina.

Segundo Zaslavsky, a Rosatom trabalha agora em uma nova usina flutuante com quatro reatores em Cape Nagleyynyn, também em Chukotka, e em uma planta terrestre com o reator de pequeno porte RITM-200, em Ust-Kuyga, região mineradora na Yakutia. A Akademik Lomonosov tem potencial para abastecer uma cidade de até 100 mil habitantes. Hoje já fornece aproximadamente 70 MW de eletricidade para a cidade portuária de Pevek, de 4.000 habitantes, quando opera sem geração de calor. Em modo máximo de produção de calor, entrega cerca de 44 MW.  Além do fornecimento de energia para as regiões remotas do Ártico, a Rosatom também apoia o aumento do tráfego de cargas pela Rota do Mar do Norte. A empresa opera uma frota de modernos quebra-gelos nucleares e mantém uma infraestrutura modernizada, crucial para alcançar metas logísticas e de transporte.

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Dráusio Lima Atalla
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Dráusio Lima Atalla

Impressionante. Quando há boa fé e boa vontade os átomos de Urânio e Plutônio operam milagres.

Dráusio Lima Atalla
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Dráusio Lima Atalla

A Amazônia ocupa 60% do território do país e contribui com pouco menos do que 5% do PIB nacional, apesar da percepção de que seja riquíssima. Fontes de energia como a desta balsa nuclear poderiam tornar o desempenho econômico da região mais compatível com o seu tamanho.

Dráusio Lima Atalla
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Dráusio Lima Atalla

A região Nordeste ocupando 20% do território do Brasil não contribui com mais de 7% do PIB do país. Sabendo de desempenho econômico e eletricidade são ligados umbilicalmente, óbvio fica que Amazônia e Nordeste são enormes regiões pobres pois têm pouquíssima eletricidade. Como este fato óbvio passa à margem de nosso planejamento energético é surpreendente e desanimador.

Dráusio Lima Atalla
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Dráusio Lima Atalla

Já os restantes 30+% do território brasileiro no sul e sudeste produzem 85+% do PIB do país. Adivinha, consomem a quase totalidade da eletricidade da nação. Norte e Nordeste fazem parte do país, deveriam ser tratados como iguais no orçamento de investimento, ou consomem quase todo o orçamento estrutural de ajuda social no combate à miséria.