A QUEDA DE UMA LINHA DE FORNECIMENTO DE ENERGIA NA CENTRAL NUCLEAR DE ZAPORIZHZHIA ACENDE UM ALERTA NA UCRÂNIA
O Diretor Geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Rafael Mariano Grossi, fez um novo apelo à “máxima contenção e estrita observância dos princípios de segurança apoiados pela ONU na usina nuclear de Zaporizhzhia devido à contínua situação volátil”. Num comunicado divulgado pela agência com sede em Viena, Grossi falou sobre a a necessidade de proteger, em todos os momentos, a integridade física da central e evitar qualquer ataque ou atividade militar que possa ter impacto na segurança e proteção das instalações. Ele também disse que houve uma perda de ligação à sua única linha de energia externa de reserva restante, devido a um problema que ocorreu do outro lado do rio Dnipro, a cerca de 13,5 quilômetros de distância. A causa da desconexão ainda não conhecida.
Embora a energia externa para a usina não tenha sido perdida, a falta de opções de energia de reserva foi motivo de séria preocupação, disse ele, acrescentando que “a situação extremamente vulnerável da energia externa continua a representar desafios significativos de segurança e proteção para esta importante central nuclear.” A central nuclear de Zaporizhzhia, com seis unidades, está sob controlo militar russo desde o início de março de 2022 e está situada perto da linha de frente. Cinco das unidades estão em desligamento a frio e uma em desligamento a quente, onde está produzindo calor para a usina e para a cidade vizinha de Energodar. A operação contínua da linha de energia principal significa que as operações de segurança não foram afetadas pela perda da linha de reserva.
O Ministério da Energia da Ucrânia disse que o trabalho de restauração na danificada linha aérea de transmissão de energia de alta tensão, que fornecia energia de reserva para a usina nuclear, estava em andamento, mas foi complicado pelos constantes bombardeios. Grossi visitou a usina nuclear no início deste mês para avaliar a situação de segurança e proteção por si mesmo. Ele também manteve conversações em Kiev com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e deverá visitar a Rússia na próxima semana para conversações, enquanto continua os esforços para garantir a segurança da maior usina nuclear da Europa.
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