A SHELL JÁ VAI INICIAR PERFURAÇÃO DO CAMPO DE SATURNO NO ANO QUE VEM
Mais uma vez, a Shell foi destaque nos leilões do pré-sal. A companhia levou o Campo de Saturno, sendo operadora, e dividindo a participação com a gigante americana Chevron. O presidente da companhia no Brasil, André Araújo, ficou satisfeito com o resultado, mesmo não vencendo em Titã, outro bloco que disputou. Agora, ele corre para iniciar a perfuração já no ano que vem. Veja a entrevista que ele deu, logo após a realização do leilão:
– Acho que a Shell mostrou o seu interesse no país, consolida de vez a nossa participação, mais um passo para acreditar no Brasil e acho que foi um trabalho muito forte do nosso time junto com os parceiros do consórcio. Não posso negar, estou muito feliz com este resultado. Obviamente era uma grande expectativa, grandes companhias participando e, no final do leilão, levamos o bloco de Saturno como operadores e isso nos deixa muito satisfeitos.
– Em Titã, vocês tentaram e não conseguiram. Era apenas uma aposta ? Vocês chegaram firmes em Saturno. Levaram o que queriam ?
– A gente bidou como sempre. Nos dois blocos que nós bidamos, fizemos a nossa avaliação comercial e fomos para ganhar, mas isso faz parte. Um dia você é feliz e no outro você torce para o próximo…
– Sobre essa parceria com a Chevron?
– A Chevron já foi nossa parceira no leilão anterior, então é uma empresa que a gente já conversa. Nós temos outras parcerias com eles fora do Brasil e então, para nós, não tem nenhum problema. Para falar a verdade, todo esse processo com a Chevron foi muito positivo e a agora já começamos a organizar os times para começar a planejar o que vamos acelerar de forma segura neste projeto para ele caminhar o mais rápido possível.
– O resultado do leilão mostra que as petroleiras não estão com medo da eleição?
– A Shell está no Brasil há 105 anos. Seguramente, já vivemos com volatilidade e acho que o ponto que temos falado muito é que este é um país que respeita contratos e a gente continua avançando nas nossas apostas para o país. O Brasil tem muitas vantagens e para quem está acompanhando o trabalho da Shell, sabe que a gente está abrindo várias oportunidades, não só na área de óleo e gás, mas também em outras áreas em outros segmentos. É um país abençoado pelas oportunidades e o que esperamos é que o próximo governo continue entendendo o papel e a contribuição da indústria de óleo e gás traz para o país. Que continue mantendo as regras cada vez mais claras e com previsibilidade.
– O preço do barril influenciou no apetite?
– Olha, as nossas decisões não são feitas com base no preço do dia e não são feitas com base do câmbio do dia. Esses são investimentos para 30 anos e fazemos as nossas análises internas, os nossos cenários sobre comportamento de óleo e de preço do barril e não vamos tomar decisão desse porte baseado em dados muito recentes, em números que sabemos que vão ser rolados.
– E a política eleitoral?
– Sempre olhamos para os riscos do país, mas o Brasil tem demonstrado claramente que tem atraído investimento.
– E como será o calendário de atuação a partir de agora?
– Nós temos a previsão de perfuração já para o ano que vem. O processo de licenciamento está dentro da normalidade. Estamos seguros que vamos perfurar no ano que vem, junto com outros interesses que temos. Possuímos um programa de perfuração para o ano que vem, com a sonda já contratada. Está tudo caminhando. O que queremos é acelerar os nossos projetos. O primeiro óleo o mais rápido possível e assegurar que se formos eficientes nas nossas operações, começaremos a produzir mais cedo e também começaremos a contribuir com os royalties bem mais cedo para o país. Hoje, a nossa produção é de 350 mil barris por dia.
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