TOTALENERGIES ENFRENTA PROTESTOS DE ONGS NA FRANÇA POR DESENVOLVER PROJETOS PETROLÍFEROS EM UGANDA E TANZÂNIA
O grupo francês TotalEnergies está enfrentando oposição e muitos protestos de ambientalistas franceses contrários ao desenvolvimento e a construção de gasodutos em Uganda e na Tanzânia, liderada pela empresa francesa. Ativistas ambientais e até religiosos protestaram na em Paris contra os megaprojetos petrolíferos. O movimento é liderado Extinction Rebellion Spiritualities e GreenFaith, um ramo do movimento Extinction Rebellion, conhecido por suas ações de desobediência civil. A GreenFaith é uma ONG inter-religiosa nascida nos Estados Unidos que luta “pela justiça climática”, apoiada por voluntários religiosos. Os manifestantes se opuseram ao projeto do oleoduto da África Oriental (EACOP) e do campo de petróleo de Tilenga, em Uganda e na Tanzânia, iniciado pela TotalEnergies. As ONGs acusam as multinacionais de expropriação de terras e estão preocupadas com o impacto ambiental desses projetos. A TotalEnergies foi processada por várias ONGs ambientais por causa de suas atividades em Uganda e na Tanzânia. A empresa comparecerá ao Tribunal de Justiça de Paris em 7 de dezembro para discutir o assunto.
As associações visam dois projetos colossais que estão intrinsecamente ligados: o projeto Tilenga, de perfuração de 419 poços em Uganda, um terço dos quais no parque natural Murchison Falls; e o projeto EACOP (East African Crude Oil Pipeline), o oleoduto aquecido mais longo do mundo, que atravessa a Tanzânia ao longo de quase 1.500 km, atravessando várias áreas naturais protegidas. A TotalEnergies reagiu em comunicado de imprensa, sublinhando que “todos os parceiros dos projectos Tilenga e EACOP estão empenhados em implementá-los de forma a colocar as questões ambientais e de biodiversidade e os direitos das comunidades envolvidas no centro do projecto, de acordo com os mais altos padrões internacionais. Esses projetos representam um grande desafio de desenvolvimento para Uganda e Tanzânia e estamos fazendo todo o possível para torná-los exemplares em termos de transparência, prosperidade compartilhada, progresso econômico e social, desenvolvimento sustentável, consciência ambiental e respeito pela direitos humanos.”
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