A WIND POWER REÚNE A NATA DA GERAÇÃO EÓLICA EM SÃO PAULO PARA DEBATER OS ENTRAVES QUE IMPEDEM O AVANÇO DO SETOR
O desafiante momento atual do setor eólico brasileiro e os potenciais do protagonismo do país na transição energética global foram os principais pontos destacados na abertura da 15ª edição do Brazil Windpower, que está sendo realizada em São Paulo. É o maior evento de energia eólica da América Latina. Apresentando o panorama do setor eólico em 2024, Marco Basso, Presidente do Grupo Informa Markets Latam, ressaltou que o Brazil Windpower deste ano tem entre seus propósitos abordar os diferentes movimentos regulatórios, políticas públicas e aspectos de mercado e inovação do setor eólico que têm marcado o Brasil globalmente enquanto um eixo estratégico na descarbonização da economia e na neoindustrialização verde. “A crescente conscientização sobre as mudanças climáticas e a urgência de uma transição energética sustentável e justa têm acelerado essa expansão em mercados emergentes, como o Brasil, que tem desempenhado um papel de destaque global na atração de investimentos para as energias renováveis”, disse.
De acordo com o GWEC, a capacidade mundial instalada de energia eólica já ultrapassou os 1 TW em 2023, com a expectativa de se tornar a principal fonte de eletricidade até 2050. E no Brasil, sexto maior produtor de energia eólica do mundo com mais de 1.000 parques de geração, segundo dados da ABEEólica, a marca de 30 gigawatts (GW) de capacidade instalada foi alcançada no ano passado. Esse potencial para o desenvolvimento verde, sustentado e apoiado pela crescente geração eólica, impulsiona o Brasil em um momento de protagonismo internacional.
O Brasil está na liderança do G20 e será o anfitrião da COP30 no ano que vem, tendo grandes oportunidades com a indústria verde, explicou. Para aproveitamento dessa capacidade, o setor deve aumentar ainda mais sua participação tanto, global quanto localmente na matriz energética. No contexto desse desafio, Fernando Elias, da ABEEólica, ponderou que o setor, de modo organizado, tem trabalhado desde o começo do ano para buscar perspectivas mais promissoras e soluções para a atual crise vivida pelos fabricantes de tecnologia no Brasil. “Começamos 2024 engajados em resolver questões como a demanda de energia elétrica, a inserção de baterias nos leilões de capacidade, a criação de mega data centers baseados em renováveis e a regulação do mercado de carbono. Políticas de incentivo à indústria nacional não estão restritas apenas às geradoras, mas abrangem toda a cadeia de valor. Temos atuado para melhorar as condições dos projetos eólicos, o que pode trazer alívio para o momento de crise que vivemos e endereçar o propósito de manter esse ecossistema.“
Deixe seu comentário