ABB VAI AMPLIAR PORTFÓLIO DE SOLUÇÕES PARA O MERCADO BRASILEIRO DE ÓLEO E GÁS
Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –
A ABB está de olho nas próximas oportunidades que o mercado brasileiro de óleo e gás vai oferecer e se prepara para atender as demandas da indústria. O executivo Alberto Dias, diretor de desenvolvimento de negócios da companhia, revela que a ABB está participando de concorrências nos FPSOs de Libra e Sépia e que também espera futuros contratos a partir das novas rodadas de licitações programadas para este ano. O diretor comentou ainda que a empresa está ampliando seu portfólio, oferecendo novas soluções para o setor subsea. Outro foco da companhia é o fornecimento de produtos da indústria digital. “Por exemplo, temos um sensor, menor que um celular, que não precisa estar conectado a fios. Essa tecnologia faz o monitoramento de motores, novos ou antigos e de qualquer fabricante. A indústria digital é bastante significativa“, afirmou Weligton Cintra, executivo corporativo da ABB responsável pelo setor de Óleo & Gás no Brasil.
Quais são os principais focos de atuação da ABB no setor de óleo e gás do Brasil atualmente?
Atuamos na parte de exploração e produção e também em refinarias. Nosso portfólio é bem vasto, com soluções para diversas áreas, como automação e digitalização. Estamos também agora trabalhando bastante com a questão da Indústria 4.0 e a Internet das Coisas, com tecnologias baseadas em nuvem. Na parte de topside, trabalhamos com módulos elétricos. E na parte de subsea, temos várias novidades chegando, oferecendo transformadores que operam entre 2 mil e 3 mil metros de profundidade e alimentadores elétricos. Em um futuro próximo, vamos oferecer também toda a parte de serviços também.
Quais os principais projetos e contratos em andamento?
Hoje nós temos um cenário onde o Capex (capital de investimento em bens de capital) foi bastante reduzido. Por isso, estamos focando muito na questão do Opex (despesas operacionais). A ABB aumentou o foco nos serviços de manutenção. Essa área, nesse momento, acaba tendo bastante demanda. As companhias estão procurando aumento de produtividade e, então, estamos com contratos de manutenção sendo firmados dentro desse contexto, com clientes bem importantes.
Existem contratos em negociação ou perspectivas para novos negócios?
Nós temos perspectivas muito boas com as três rodadas que vão acontecer agora no segundo semestre. Normalmente, esses leilões geram negócios futuros para a ABB. Em relação a projetos em andamento, estamos atuando nas plataformas de Libra e Sépia, participando das concorrências. Trabalhando tanto com o conteúdo local quanto com as soluções oferecidas pelas nossas unidades internacionais. Alguns outros projetos que haviam sido cancelados ou postergados em função do momento de baixa atividade, como UPGNs, estão sendo retomados. Estamos também atuando nesses projetos.
Quanto a empresa já investiu no mercado brasileiro?
Desde 2011, temos investido bastante, totalizando algo em torno de US$ 200 milhões. Começamos com uma fábrica em Guarulhos (SP), com produtos de média e baixa tensão. Em 2014, inauguramos uma fábrica em Sorocaba (SP) para produzir motores, geradores e uma linha grande de produtos de baixa tensão. E neste ano, ampliamos nossa unidade de Guarulhos para produzir motores de alta tensão e também abrimos nosso escritório no Rio de Janeiro.
Quais as últimas soluções lançadas ou que serão lançadas pela empresa neste setor?
A ABB lançou a ABB Ability, que consiste em uma plataforma que abrange 180 soluções digitais para vários segmentos. As soluções e serviços digitais estão sendo desenvolvidos com a Azure, plataforma na nuvem da Microsoft, nossa parceira nesse projeto. A ABB também firmou parceria com a IBM, que vai desenvolver soluções de inteligência artificial. A ABB investe US$ 1,5 bilhão em pesquisa, desenvolvimento e inovação globalmente. Isso representa entre 5% e 7% do nosso faturamento.
Como a empresa planeja crescer nos próximos anos dentro do setor de óleo e gás?
Weligton – Basicamente, nós enxergamos alguns pontos importantes que vão pautar nosso crescimento. A questão de serviços, por exemplo, com o monitoramento remoto onshore de plataformas. Outro ponto é fundamentado em trazer a pesquisa e desenvolvimento para o mercado local, focando em Libra. Um exemplo é a questão do tratamento de gás de Libra. Em linha com que o Alberto disse, tem ainda questão do nosso portfólio digital. Por exemplo, temos um sensor, menor que um celular, que não precisa estar conectado a fios. Essa tecnologia faz o monitoramento de motores, novos ou antigos e de qualquer fabricante. A indústria digital é bastante significativa.
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