ABDAN DEBATE OPORTUNIDADES DA INDÚSTRIA BRASILEIRA EM CONFERÊNCIA COM REPRESENTANTES MUNDIAIS DO SETOR NUCLEAR
Embora se encontre hoje em estado de espera, a indústria nuclear brasileira tem os olhos no futuro e já começa a sentir os ares de uma nova mudança. O potencial da cadeia nacional vem despertando uma atenção cada vez maior de investidores estrangeiros e esteve em foco nesta semana durante um dos mais importantes eventos do setor no mundo, a European Nuclear Power Conference, que se encerrou nesta quinta-feira (19), em Londres. O encontro, que reuniu executivos de diversos países para discutir novos negócios, convidou como único representante do Brasil o presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN), Antonio Muller (foto), para avaliar o atual cenário do país e as expectativas de crescimento do setor.
Em sua apresentação, Muller debateu as oportunidades existentes hoje no mercado nacional, que levanta projeções ambiciosas para os anos que estão por vir. O governo federal mantém a meta de construir 12 novas usinas até 2050, em um plano que pode movimentar investimentos bilionários caso seja aberto à participação da iniciativa privada. Na visão da ABDAN, há diversos modelos que podem ser adotados no país para destravar os projetos de novas usinas nucleares, captando aportes de novos parceiros e mantendo com o Estado a responsabilidade da operação.
Na conferência, que chegou a sua 11ª edição com a participação de mais de 35 representantes da indústria, o horizonte foi de otimismo. O Brasil já começa a dar sinais de uma maior integração entre as iniciativas pública e privada, o que acarreta resultados diretos para o segmento nuclear. A participação minoritária do governo em novas usinas, proposta na apresentação de Muller, empolga o mercado e é vista como a chave para fazer deslanchar um setor que vem sendo paralisado nos canteiros de obras devido à falta de recursos.
Além de Muller, marcaram presença no evento a diretora internacional do Departamento britânico de Energia e Mudança Climática (DECC), Katrina Williams; o conselheiro da World Association of Nuclear Operators (WANO), Jacques Regaldo; e o membro do comitê chinês da State Nuclear Power Technology Corporation. O encontro também reuniu executivos de grandes empresas como a EDF, representada por seu diretor de Estratégia e Corporação, Paul Spence.
Parabéns! Muito boa e oportuna a reportagem. A Abdan e o Antonio Muller têm feito um excelente trabalho em prol da energia nuclear.