ABDAN E AGÊNCIA INTERNACIONAL DE ENERGIA ATÔMICA DEBATEM APLICAÇÃO DE PEQUENOS REATORES MODULARES NO BRASIL
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) tem iniciativas em diferentes países para incentivar o desenvolvimento e a implantação dos chamados pequenos reatores modulares (SMR, na sigla em inglês). No Brasil, a entidade está discutindo o tema em parceria com a Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN). Recentemente, durante um evento em Viena, na sede da AIEA, foram destacados alguns dos primeiros passos do Brasil dentro do mercado de SMR.
O presidente da ABDAN, Celso Cunha, lembrou que o país solicitou apoio da chamada “Plataforma SMR” no ano passado para analisar “os aspectos econômicos dos SMRs e seu custo dentro do sistema do país”. Para lembrar, a Plataforma SMR é uma iniciativa da AIEA que coordena as atividades da agência neste domínio e oferece um “balcão único” de cooperações para os Estados-Membros e outras partes interessadas.
Em abril, a AIEA participou de um curso de três dias sobre SMR organizado pela ABDAN, durante o evento Nuclear Summit 2022. Olhando para o futuro, a AIEA diz que várias outras atividades relacionadas estão planejadas para ajudar no debate em torno dos pequenos reatores no Brasil. As novas iniciativas incluem a participação no Projeto de Pesquisa Coordenada da AIEA focado nos aspectos econômicos de SMR e no Projeto Técnico da AIEA – Grupo de Trabalho sobre SMR.
“SMRs são talvez a tecnologia emergente mais empolgante e mais assistida na energia nuclear hoje”, disse o vice-diretor geral da AIEA e chefe do Departamento de Energia Nuclear, Mikhail Chudakov. “Estados-membros da África e das Américas à Ásia e Europa estão desenvolvendo ou interessados em implantar SMRs e, de várias maneiras, a Plataforma da AIEA sobre SMRs e suas aplicações elétricas e não elétricas está ajudando-os a fazer isso de forma eficaz e com segurança”, completou.
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