ABDAN E SBMN ALERTAM QUE 10 MIL PACIENTES DEIXARÃO DE SER ATENDIDOS POR DIA COM A SUSPENSÃO DA PRODUÇÃO DE RADIOISÓTOPOS | Petronotícias




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ABDAN E SBMN ALERTAM QUE 10 MIL PACIENTES DEIXARÃO DE SER ATENDIDOS POR DIA COM A SUSPENSÃO DA PRODUÇÃO DE RADIOISÓTOPOS

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Exames feitos com o uso de radiofármacos ajudam a diagnosticar o câncer ainda em fase inicial, aumentando as chances de cura

A interrupção na produção de radioisótopos e radiofármacos, pela falta de recursos no Instituto de Pesquisas Energética e Nucleares (IPEN), trará consequências muito negativas para brasileiros que estão lutando contra o câncer e problemas de coração. A Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN) e a Sociedade Brasileira de Medina Nuclear (SBMN) calculam que cerca de 10 mil pacientes por dia, da rede pública e privada, deixarão de ser atendidos por conta dessa crise. Diante desse cenário crítico, as duas entidades elaboraram uma carta tratando do tema que foi endereçada ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e aos ministérios da Saúde; da Economia; e da Ciência, Tecnologia e Inovações.

No texto, a ABDAN e a SBMN  lembram mais de 470 laboratórios de medicina nuclear espalhados pelo Brasil estarão impossibilitados de realizar exames cintilográficos e terapias oncológicas. As instituições pedem ainda que os tomadores de decisão possam posicionar-se na tentativa de minimizar os efeitos desta crise que afetará principalmente os pacientes.

Leia abaixo a carta na íntegra:

ipenA Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN) e a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN), na condição de representantes do setor regulado da Medicina Nuclear, vem diante a situação de extrema gravidade que o ofício 97/2021 [fazendo referência ao comunicado emitido pelo IPEN sobre a interrupção da produção de radioisótopos] relata ao mercado, comunicar e solicitar providencias com relação a aprovação e repasse dos créditos suplementares programados em projeto de lei.

A crise no fornecimento de molibdênio-99 que será gerada pela falta de aprovação deste orçamento, trará consequências diretas a todos os laboratórios de medicina nuclear do Brasil, sendo responsável pela imensa maioria dos exames, incluindo exames e terapias oncológicas e cardiológicos dentre outros.

São enormes os desafios na cadeia de suprimento dos radiofármacos. O Tecnécio-99m, por exemplo, é o radiofármaco utilizado para realização de todos os exames de Cintilografia. No Brasil, sua produção é feita exclusivamente pelo IPEN – Instituto de Pesquisa ligado à CNEN – em virtude de impedimentos constitucionais para que o setor privado possa fazê-lo.

radiofarmacosIsto, em inúmeras ocasiões, causa e causaram desabastecimento, insegurança econômica e assistencial aos serviços de Medicina Nuclear.

Ressalta-se que apenas 3% da produção mundial de Geradores de Tecnécio é feita, em virtude de barreiras legais, por laboratórios estatais.

Caso não haja uma solução imediata, os mais de 470 laboratórios de medicina nuclear espalhados pelo território nacional estarão impossibilitados de realizar exames cintilográficos, que utilizam tecnécio-99m, e terapias oncológicas com utilização de iodo-131, lutécio-177 a partir de vinte de setembro de 2021.

Consequentemente, cerca de 10.000 pacientes/dia, da rede pública e privada, deixarão de ser atendidos por exclusiva falta de material radioativo.

As instituições preocupadas com as consequências desta crise, já se manifestaram diretamente com o IPEN/CNEN e vem mantendo seus parceiros informados sobre possíveis mudanças neste cenário. 

Desta forma e assim exposto, aguardamos que as autoridades possam se posicionar na tentativa de minimizar os efeitos desta crise que afetará principalmente quem mais precisa deles, os pacientes.

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