ABDAN HOMENAGEARÁ MEMBROS DE DESTAQUE DO SETOR NUCLEAR E MOBILIZA EM PROL DAS FINANÇAS DA ELETRONUCLEAR | Petronotícias




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ABDAN HOMENAGEARÁ MEMBROS DE DESTAQUE DO SETOR NUCLEAR E MOBILIZA EM PROL DAS FINANÇAS DA ELETRONUCLEAR

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Celso Cunha

A Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan) vai realizar, pela primeira vez, a entrega de uma medalha em homenagem às pessoas que vem contribuindo com a indústria nuclear ao longo das décadas. O prêmio Mérito Nuclear é uma das novidades da entidade em 2017 e se repetirá regularmente. “A ideia é que em todos os anos sejam premiadas as pessoas que mais contribuem com o setor. Será um momento para nós juntarmos todas esses agentes que estimulam o segmento”, afirmou o presidente da Abdan, Celso Cunha. Ao todo, serão homenageados quatro pessoas no evento, que acontecerá na próxima sexta-feira (1º), no Rio de Janeiro.

Almirante Bento

Almirante Bento

Um dos premiados com a medalha de “Mérito Nuclear” será o Almirante de Esquadra Bento Costa Lima de Albuquerque Junior. Ele é Militar de carreira na Marinha do Brasil desde 1973 e, atualmente, ocupa o posto de Diretor-Geral de Desenvolvimento Nuclear Tecnológico da Marinha. “O Almirante Bento representa a importância da Marinha no setor nuclear”, afirmou Celso Cunha. Como se sabe, desde 1979 a Marinha desenvolve seu Programa Nuclear que tem como objetivos o desenvolvimento de capacitação tecnológica nacional no projeto, construção, comissionamento, operação e manutenção de reatores núcleo-elétricos tipo Pressurized Water Reactor (PWR) e na produção de combustível nuclear.

José Carlos Bressiani

José Carlos Bressiani

O outro homenageado será José Carlos Bressiani, engenheiro de Materiais formado pela UFSCar. Desde julho de 2017, exerce o cargo de Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Comissão Nacional de Energia Nuclear. “Ele representa a academia e, ao mesmo tempo, a nossa área de regulação de interesse. É uma pessoa muito ligada à ciência”, disse Cunha. Bressiani atuou como orientador de 16 dissertações de mestrado e 18 teses de doutorado, é autor/co-autor de mais de 370 trabalhos científicos (revistas, capítulos de livros e anais), foi membro de diversos conselhos técnicos, de conselhos universitários e de comissão de pós-graduação.

Leonam dos Santos Guimarães

Leonam dos Santos Guimarães

Doutor em Engenharia Naval e Oceânica pela USP e Mestre em Engenharia Nuclear pela Universidade de Paris XI, Leonam dos Santos Guimarães também receberá a homenagem pelo seu amplo histórico de contribuição ao setor nuclear. Hoje, está como diretor-presidente da Eletronuclear. Anteriormente, ocupou o posto de Diretor de Planejamento, Gestão e Meio Ambiente da companhia. Ele também foi Diretor Técnico-Comercial da Amazul de agosto de 2013 a abril de 2014 e Assistente da Presidência da Eletronuclear de outubro de 2005 a agosto de 2013.

 Ronaldo Arthur Cruz Fabrício

Ronaldo Arthur Cruz Fabrício

O quarto premiado será Ronaldo Arthur Cruz Fabrício, engenheiro civil, formado pela Escola Nacional de Engenharia Civil da UFRJ. É vice-presidente Executivo da Abdan; membro do Conselho de Administração da Energia Sustentável do Brasil (ESBR), empresa responsável pela construção da Usina de Jirau; e membro do Conselho Empresarial de Energia da FIRJAN. “O Dr. Fabrício foi diretor da Eletronuclear e presidente de FURNAS. Ele representa a história dos pioneiros do setor nuclear. O Dr. Leonam conhece muito o setor de energia termonuclear, e é reconhecido internacionalmente”, comentou Celso Cunha.

SITUAÇÃO FINANCEIRA DA ELETRONUCLEAR E ANGRA 3

A Abdan é uma das entidades que vem levantando a bandeira em defesa da Eletronuclear, que está com dificuldades financeiras por conta de um financiamento feito junto ao BNDES. Com a obrigação de pagar R$ 30 milhões de juros todo mês à instituição financeira, a empresa se vê em dificuldades para manter a geração de energia de Angra 1 e Angra 2, e também para concluir as obras de Angra 3.

Nós enviamos cartas para senadores, deputados, para o BNDES e também para o presidente Michel  Temer, abordando esse pagamento da dívida de Angra 3 que está impactando o caixa da Eletronuclear. Essa situação está impedindo que a companhia cumpra os pagamentos de contrapartidas com municípios da Região da Costa Verde. As próprias cidades lançaram uma frente para destacar que estão sendo afetadas pela paralisação da obra de Angra 3”, ponderou Cunha.

A situação está mobilizando não apenas os prefeitos e executivos do setor, mas também os funcionários da companhia. O presidente da Abdan revelou ainda que no dia 4 haverá um movimento de trabalhadores, que darão um abraço simbólico na Eletronuclear, em Angra dos Reis. “O governo precisa decidir sobre essa questão do empréstimo. Se o cronograma da obra estivesse correto, a usina já estaria gerando energia para pagar os compromissos, só que o empreendimento atrasou por diversos motivos”, explicou o presidente da Abdan. Celso Cunha disse que a associação está atuando no sentido de mobilizar a cadeia decisória do governo para uma resolução deste problema.

Sobre a conclusão das obras de Angra 3, o executivo afirmou que a expectativa gira em torno do anúncio do Ministério de Minas e Energia sobre o término dos trabalhos. Outra questão que ainda não está clara é sobre como seria a participação privada em futuros projetos. “Se tivéssemos a próxima [nova] usina já apontada, toda a iniciativa privada gostaria de participar. Mas, só falamos do término de Angra 3, que já tem equipamentos comprados, projeto contratado… virou um projeto financeiro para as empresas, o que tem outra conotação”, concluiu.

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