ABDAN, ROSATOM E SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FAZEM ACORDO PARA DESENVOLVER ENSINO NUCLEAR PARA ALUNOS DE 2º GRAU

Da esquerda para direita, Ivan, Serguey, Victer e Celso Cunha

Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares, a gigante russa Rosatom e a Secretaria de Educação do Rio de Janeiro começaram negociações para um plano de desenvolvimento de estudantes da rede pública de ensino. As conversações foram mantidas pelo Secretário de Educação Wagner Victer, Celso Cunha, presidente da Abdan,   o presidente  e o vice-presidente da  Rosatom para América Latina, Serguey Krivolapov e Ivan Dybov   A ideia é apoiar a criação de laboratórios para estudantes de nível médio,  visando a introdução do tema Energia Nuclear para os alunos. O programa vai prever também viagens de alunos brasileiros para contatos com escolas e universidades russas, onde a energia nuclear é uma cadeira bastante procurada pelos estudantes.

A Rosatom hoje é a maior empresa do setor nuclear para fins pacíficos do mundo. Ela desenvolve vários projetos nucleares em muitos países e tem o domínio completo de todo ciclo. Desde a produção de usinas de geração de energia, produção de combustível nuclear, tratamento de resíduos, até no setor farmacológico, com a produção de equipamentos de uso na medicina nuclear.

O Presidente da ABDAN, Celso Cunha, acredita que esse acordo criará inúmeras possibilidades para o estudante brasileiro: “ Sem dúvida nenhuma. Algumas pessoas ainda sentem preconceito com o uso da energia nuclear. Puro desconhecimento. Preconceito. A geração nuclear de energia é pura e não emite CO2 para atmosfera. É uma energia limpa. O contato desses estudantes com o que há de mais moderno nessa produção pode ajudar muito no desenvolvimento de cada um desses meninos”

– Quando irá começar ?

– Tivemos essa primeira reunião e foi muito bem vista pelo Secretário Victer, um entusiasta da energia nuclear. A sua disposição em abrir as portas das escolas e universidades é sem precedentes. Isso será de grande importância para o Brasil. Hoje, há turmas saindo da universidade federal, se forma em engenharia nuclear e não encontra espaço para trabalhar. O país precisa se desenvolver nesta área, acreditar no potencial gigantesco que a energia nuclear pode trazer para Brasil.

– A Rosatom está apoiando este movimento ?

– Sem dúvida. Levar os estudantes brasileiros para que conheçam o que faz a maior empresa de energia nuclear no mundo, saber quantas pessoas empregam, ver o seu desenvolvimento tecnológico, será extremamente importante.  Se já é Importante para os profissionais do setor, imagine para os estudantes. É um salto de qualidade que os diretores da Rosatom estão nos proporcionando. Esta visão é que precisamos ter para nos desenvolver cada vez mais.