ABDAN VAI AOS ESTADOS UNIDOS EM BUSCA DE INFORMAÇÕES PARA DESENVOLVER REATORES SMRs
As pesquisas para o desenvolvimento de pequenos reatores nucleares modulares são uma realidade em alguns países, como a Rússia, China, Canadá e Estados Unidos. Agora, ela entra também na realidade brasileira. Durante todo dia de hoje (26), a estatal russa Rosatom está apresentando, em Brasília, alguns detalhes do desenvolvimento que já obteve com o seu trabalho de pesquisa. A própria ABDAN – Associação Brasileira de Desenvolvimento das Atividades Nucleares – está mantendo conversações junto a Universidade de Pittsburgh. O Presidente da Associação, Celso Cunha, e um dos conselheiros, Paulo Massa, estão nos Estados Unidos cuidando desse tema. Cunha acredita, inclusive, que os reator modulares já podem ser discutidos para ser uma realidade no país a partir de 2030.
O SMRs, como são conhecidos esses pequenos reatores, podem ser muito úteis em áreas distantes dos grandes centros que tem dificuldade de receber energia, como a Amazônia, por exemplo. Com uma energia limpa e barata, pequenas e médias comunidades podem ser atendidas simultaneamente por essa tecnologia. Cunha e Massa também estiveram com Abdul Dulloo, Diretor Global de Tecnologia e Desenvolvimento da Westinghouse. Falaram sobre os avanços das pesquisas dos SMRs e também sobre um grande evento, um encontro de negócios, que a ABDAN está preparando juntamente com a APEX para ser realizado no Brasil, em 2020. Celso Cunha disse que “A viagem tem sido muito proveitosa. O Brasil tem mito a crescer na área nuclear e estas oportunidades nos mostram como o mercado brasileiro é visto com interesse. Como as empresas querem investir no nosso país. Há muito o que crescer e muito ainda o que fazer. Mas quando se vê perspectivas concretas e um ministro que conhece do assunto, com claro objetivo de desenvolvimento, anima toda uma cadeia que quer participar. Isso É muito importante”.
Celso Cunha e Paulo Massa também estiveram como Professor Heng Ban, do Departamento de Engenharia Mecânica e Materiais, e o PHD em Energia Nuclear Thomas Congedo, ambos da Universidade de Pittsburgh: “foi uma visita extremamente importante. Bom saber que eles acompanham o desenvolvimento tecnológico brasileiro na área nuclear. Estão muito interessados na sequência do Programa Nuclear Brasileiro e querem participar”. O conselheiro da ABDAN Paulo Massa, lembrou da importância da empresa americana no início do desenvolvimento nuclear brasileiro: “A Westinghouse forneceu o primeiro reator nuclear do país, com Angra 1, que funciona muito bem. Recentemente teve a sua vidas útil estendida, o que mostra a qualidade dos materiais usados e de sua engenharia. Eles fazem parte da história nuclear brasileira”.
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