ABEGÁS E ABIOGÁS CRIAM GRUPO DE TRABALHO PARA AMPLIAR O USO DO BIOMETANO NAS REDES DE GÁS CANALIZADO
A Associação Brasileira de Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) e a Associação Brasileira do Biogás (ABiogás) fecharam uma parceria para impulsionar o uso de biometano pelas concessionárias de distribuição de gás canalizado. As entidades formaram um grupo de trabalho que irá desenvolver e propor ações que incentivem a injeção do energético nas redes de distribuição das empresas. A primeira reunião do grupo, em São Paulo, teve a participação de integrantes das duas associações e representantes das distribuidoras e produtores de biometano.
“A produção de biometano tem amplo potencial de expansão nos próximos dez anos. Nossa intenção é transformar em realidade todo esse potencial”, disse o Diretor de Estratégia e Mercado da Abegás, Marcelo Mendonça (foto). “Do ponto de vista técnico e regulatório, portanto, não existe nenhum impedimento para que as distribuidoras façam aquisição de biometano – a tecnologia já é dominada no Brasil, inclusive com um case de sucesso no Ceará. Nossa missão conjunta é trabalhar para tornar o produto viável, tanto da lógica dos produtores como da demanda, ampliando a competitividade”, acrescentou.
Já a gerente executiva da ABiogás, Tamar Roitman, lembra que a produção atual de biometano no país é de 400.000 metros cúbicos/dia, mas esse volume deve crescer significativamente com as 25 novas usinas já anunciadas, somando investimentos de aproximadamente R$ 60 bilhões até 2030 para ofertar 30 milhões de metros cúbicos/dia.
“A integração do biometano com o gás natural é essencial para alcançar os objetivos do Novo Mercado de Gás, que visa estimular a competição, eliminar barreiras de entrada de novos ofertantes, acabar com a concentração de mercado e flexibilizar a atuação de consumidores livres, entre outros aspectos. O biogás está distribuído por todo o país e pode promover a criação da demanda e atração de investimentos regionais”, afirmou.
Um dos focos estratégicos da Abegás e da ABiogás com a parceria é ampliar o uso do biometano para veículos pesados. “O Brasil, hoje, importa cerca de 6,5 bilhões de dólares de óleo diesel. O gás e o biometano podem ajudar nessa transição para uma matriz mais limpa e competitiva”, finaluzou Mendonça.
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