ABEMI E BNDES CRIAM GRUPO DE TRABALHO PARA INCENTIVAR EXPORTAÇÃO DA ENGENHARIA BRASILEIRA | Petronotícias




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ABEMI E BNDES CRIAM GRUPO DE TRABALHO PARA INCENTIVAR EXPORTAÇÃO DA ENGENHARIA BRASILEIRA

Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br) – 

Antonio MüllerA Associação Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi) e o BNDES estão criando um grupo de trabalho para incentivar a exportação da engenharia brasileira. O presidente da Abemi, Antonio Müller, contou que as empresas nacionais estão buscando alternativas em outros países, já que os grandes projetos no setor de óleo e gás daqui estão sendo concluídos, sem que haja perspectivas à altura do crescimento delas, que vinham investindo e contratando bastante nos últimos anos. Os focos principais são América do Sul, América Central e África, mas a linha de atuação do grupo ainda será definida. A Abemi também está entregando dois documentos com propostas para os candidatos à presidência do Brasil, sendo um voltado à simplificação das leis trabalhistas e outro indicando diretrizes para o fortalecimento da engenharia industrial brasileira. Müller contou ainda que a Abemi terá uma participação ativa na Rio Oil & Gas 2014, que acontece no Riocentro, entre os dias 15 e 18 de setembro, com a realização de um coquetel de homenagem às empresas que completam 60 anos. O Petronotícias fará a cobertura completa da conferência e a partir de hoje inicia uma série de publicações especiais sobre os preparativos para o evento, analisando a movimentação das empresas que chegarão ao Rio de Janeiro para a maior feira de petróleo e gás da América Latina.

Como está o mercado de construção e montagem atualmente no Brasil?

As grandes obras estão terminando e não estão surgindo outras grandes para substituí-las. Então isso é uma preocupação nossa. É importante acertar o preço do combustível em relação ao mercado externo, para que a Petrobrás tenha capacidade de investimento.

O que as empresas têm pleiteado?

A preocupação delas é principalmente isso: ter novos projetos. Na área onshore principalmente. A engenharia cresceu muito e está precisando de mais carga.

Como está a previsão de investimentos por parte delas?

As empresas investiram bastante e agora, nesse momento de aguardo de novos projetos, estão investindo mais em processos e treinamento. As empresas estão tentando investir muito na parte de produtividade. Até no nível de encarregado de obra.

Mas houve uma redução nos investimentos, certo?

Houve uma redução, mas as empresas não param de investir. Houve uma redução porque elas estão aguardando novas obras. Para poderem investir mais, têm que ter receita.

A busca por serviços no exterior tem sido uma alternativa ao cenário de menos projetos no país?

Sim. Inclusive a Abemi criou um comitê de mercado externo. Nessa semana mesmo tivemos a presença de um diretor do BNDES numa reunião em que se falou sobre financiamento e procura de novos mercados no exterior. Agora estamos criando um grupo de trabalho BNDES-Abemi, focado na exportação de serviços de engenharia de construção, montagem e suprimentos.

Como será a atuação do grupo?

Ainda não foi definida. A reunião acabou de acontecer, mas foi muito positiva. Agora a Abemi vai preparar uma sugestão de atuação desse grupo.

Quais são os melhores mercados no exterior para a engenharia brasileira?

Países em desenvolvimento, como os da América do Sul, da América Central e da África, porque eles têm mais projetos e mais necessidades.

A Abemi pretende levar propostas para os candidatos à presidência?

Já entregamos aos candidatos do PSB e do PSDB, e agora vamos entregar à Dilma. Vamos entregar a todos os candidatos. São dois documentos, com muitas propostas importantes para o país. Um é voltado à simplificação das leis de trabalho e outro fala sobre diretrizes para uma política que fortaleça a engenharia industrial brasileira.

O que o país deve fazer para melhorar o cenário de engenharia no curto prazo?

No caso de óleo e gás, aumentar o preço da gasolina e do diesel, para dar capacidade de investimento à Petrobrás.

Como será a participação da Abemi na Rio Oil & Gas 2014?

A Abemi vai ter um estande na área das associações, vai estar muito ativa, inclusive com a realização de um coquetel de homenagem às empresas que completam 60 anos.

Quais?

A Petrobrás e a Queiroz Galvão. Também vamos homenagear outras empresas fundadoras da Abemi, porque ela completou 50 anos este ano. A homenagem vai incluir ainda empresas que têm 40 anos de Abemi.

Quais as perspectivas com a feira?

Acho que a feira está vindo num momento oportuno, para mostrar mais tecnologias que as empresas brasileiras podem usar. Uma das nossas bandeiras é a produtividade, que passa por processos, tecnologias e treinamento de pessoal. Então, esse contato com representantes do mercado internacional pode colaborar com essa busca.

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