ABEMI FAZ HOMENAGEM A NOVE GRANDES EMPRESAS BRASILEIRAS
Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br) –
A Associação Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi) homenageia nesta quarta-feira (17), às 18h, durante a Rio Oil & Gas 2014, nove grandes empresas brasileiras que fazem parte de sua história e que contribuíram para o desenvolvimento do país. O presidente da Abemi, Antonio Müller, que também preside a Tridimensional Engenharia, conta que as homenagens serão feitas em função da celebração de 50 anos de existência da associação, fundada em maio de 1964, hoje com cerca de 140 membros. “Quando se fala numa grande obra no Brasil, automaticamente se sabe que uma, duas ou mais empresas sócias da Abemi estão ou estiveram envolvidas”, diz. Apesar da homenagem conjunta, as razões para as escolhas foram variadas. A EBSE foi uma das selecionadas por ter completado 100 anos em 2013; a Petrobrás e a Queiroz Galvão por estarem completando 60 anos em 2014; a EBE, a Tenenge (Odebrecht) e a Techint por terem sido fundadoras da Abemi; e a Ultratec (UTC), a Promon e a Engevix por serem associadas há 40 anos ou mais.
Como será a homenagem?
A Abemi fez 50 anos este ano e está aproveitando para homenagear algumas empresas que tenham datas importantes. Por exemplo, a EBSE completou 100 anos no ano passado, então será uma das homenageadas. O interessante é que conheci a EBSE no primeiro projeto em que trabalhei, na construção da termelétrica de Santa Cruz. A EBSE forneceu tubulações de grandes diâmetros para a gente.
Na época você estava em qual empresa?
Em Furnas. Além da EBSE, vamos homenagear também empresas que estão completando 60 anos, que são a Petrobrás e a Queiroz Galvão. A Petrobrás é parceria da Abemi e eu trabalho com ela há mais de 30 anos, então eu fico feliz com essa homenagem tanto pela Abemi quanto como profissional de engenharia. E, em relação à Queiroz Galvão, um dos primeiros consórcios pesados para a área de hidrelétrica foi uma parceria entre a Promon e a Queiroz Galvão – na época eu estava na Promon. E nós ganhamos a concorrência.
Também haverá uma homenagem às fundadoras da Abemi, certo?
Sim. Uma delas é a EBE, que eu conheci em Santa Cruz – ela fez a montagem da termelétrica. Depois ela foi trabalhar em Angra dos Reis, na montagem de Angra 1, então a gente se conhece há bastante tempo. A outra fundadora era a Tenenge, que depois foi adquirida pela Odebrecht, e, de novo, conheci a Odebrecht na segunda obra dela aqui no Rio, que foi Angra 1 também. Naquela época tinha um relacionamento com o doutor Norberto, o Bayard, o Emílio, o Luiz Villar, que são meus amigos desde aquela época, há mais de 40 anos. A outra fundadora foi a Techint, com quem também tive vários contatos, através até de Angra 2.
A homenagem se estenderá a outras empresas?
Também serão homenageadas as empresas com 40 anos de Abemi. A UTC, que veio da Ultratec, que tem mais de 40 anos como associada da Abemi. Ela foi uma empresa muito importante do grupo Trimontagem, que tinha Manoel Lopes, um nome importante no país, o Francisco, que hoje é um dos donos da UTC. Depois a Ultratec foi vendida para a OAS, passando em seguida por uma operação de management buy out , e foi comprada pelo amigo Ricardo Pessôa. Hoje os donos são ele e o Francisco. A outra que tem 40 anos, que eu tive orgulho de trabalhar durante 15 anos, é o grupo Promon. Fui executivo em vários níveis até diretor geral da Promon. Além delas, também a Engevix, uma empresa conhecida nossa, inclusive fomos parceiros em alguns empreendimentos, então no total é uma homenagem a nove empresas: uma de 100 anos, duas de 60, três fundadoras e três com 40 anos de Abemi.
Qual o objetivo da homenagem?
Porque, como a Abemi completou 50 anos, para a gente é um marco ter membros como esses com este tempo de associação. Ela foi construída através de seus mais de 100 membros e acompanhou o desenvolvimento do Brasil. Então o desenvolvimento nacional está muito ligado à capacitação e aos trabalhos das empresas da Abemi.
Qual é o legado desses 50 anos?
O legado é esse. São empresas que, num país como o nosso, atuam há dezenas de anos com sucesso. O Brasil teve altos e baixos e elas sempre resistiram, com competência, contribuindo para o desenvolvimento do país. Quando se fala numa grande obra no Brasil, automaticamente se sabe que uma, duas ou mais empresas sócias da Abemi estão ou estiveram envolvidas.
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