ABENGOA ESTABELECE BASES DE ACORDO COM CREDORES A PARTIR DE APORTE SUPERIOR A € 1,5 BILHÃO
Um acordo com os credores é a base da Abengoa para tentar um pedido de recuperação judicial. A companhia espanhola vem buscando maneiras de reestruturar sua dívida – de 3 bilhões de euros divididos entre três empresas– e recapitalizar o grupo. Um empréstimo entre 1,5 bilhão e 1,8 bilhão de euros foi aprovado, com a previsão de pagamento em até cinco anos.
Os financiadores do aporte terão direito a 55% do capital social da Abengoa, que deu como garantia alguns ativos, entre eles as ações da Atlântica Yield. A negociação diminui o valor da dívida antiga para 70% do seu valor nominal, dando direito aos credores de subscrever 35% de participação no processo de capitalização.
Ao final do plano, os atuais sócios teriam direito a 5% do capital social, podendo aumentar sua participação em mais 5%, caso a companhia seja capaz de amortizar nos próximos cinco anos a totalidade do novo financiamento programado.
A apresentação do pré-acordo para demais credores será realizada na próxima quarta-feira (16), pela empresa, ssessores financeiros, Alvarez & Marsal e Lazard, e assessores dos credores, representados por KPMG e Houlihan Lokey.
No Brasil, a espanhola possui 3,5 mil quilômetros em linhas de transmissão operando, além de outros 6,3 mil quilômetros em diferentes fases de desenvolvimento. No início do mês, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, afirmou que o governo federal negocia com duas empresas estrangeiras os ativos da Abengoa. A chinesa State Grid é vista como a maior interessada nos empreendimentos.
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