ABIQUIM PARTICIPA DE AUDIÊNCIA PÚBLICA NA CÂMARA E DEFENDE O MERCADO DE CARBONO
A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) defendeu o mercado de carbono e o comércio das emissões como estratégia de precificação do carbono no Brasil. A defesa foi feita em audiência pública realizada na Câmara dos Deputados. A diretora de Assuntos Técnicos da Abiquim, Andrea Carla Barreto Cunha, disse que “A implementação de um sistema de precificação de emissões via mercado pode representar muitas oportunidades para a indústria brasileira e fomentar avanços para o atingimento de uma economia de baixo carbono.”
Os sistemas de comércio de emissões possuem vantagens efetivas, pois privilegiam e estimulam o ambiente de negócios através de investimentos produtivos baseados em inovação, abrem oportunidades para produtos mais eficientes e eficazes para a descarbonização, destravam investimentos e protegem a competitividade dos agentes regulados. “Além disso, eles contam com o inequívoco benefício de um processo de implementação gradual, e do estímulo à adoção de tecnologias cada vez mais eficientes, com menores emissões ou que capturem carbono.”
Para lembrar, o setor químico foi o primeiro segmento industrial no Brasil a apresentar seu posicionamento sobre o tema, em 2017. A Abiquim ressalta que um Sistema de Comércio de Emissões precisa ser adequado à realidade da economia brasileira, que seja um instrumento eficiente e efetivo para o alcance das metas de mitigação de Gases de Efeito Estufa (GEE) e para a promoção do desenvolvimento econômico que inclua todos os setores. “Defendemos que seja precedido de um estudo de impacto regulatório abrangente, que leve em conta o desenvolvimento estratégico das cadeias produtivas do presente e do futuro”, enfatizou Andrea Cunha.
A transição rumo a uma indústria de baixo carbono exige o entendimento de oportunidades e desafios potenciais, incluindo a avaliação de viabilidade técnica e econômica da redução de emissões de CO2 e de outros gases de efeito estufa, além de recursos para investimentos, e de recursos requeridos para pesquisa e inovação para operacionalizar novas tecnologias. A Abiquim diz estar comprometida com as discussões sobre o tema: “Não é possível desassociar sustentabilidade de economia e de negócios. Todos os setores industriais estão se organizando nesse sentido há vários anos. Entendemos que o Estado brasileiro já tem compromissos internacionais e precisa agora ter políticas públicas para materializá-los
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