ABPIP DIZ QUE PETROLEIRAS INDEPENDENTES VÃO INVESTIR MAIS DE R$ 40 BILHÕES NO SETOR DE ÓLEO E GÁS BRASILEIRO
O Petronotícias convida os seus leitores a conhecerem um pouco mais sobre como foi o ano de 2022 para as petroleiras independentes que atuam no Brasil. Na edição de hoje da nossa série especial Perspectivas 2023, o convidado é o secretário-executivo da Associação Brasileira de Produtores Independentes de Petróleo e Gás (ABPIP), Anabal Santos Jr. Ele afirma que 2022 foi um período muito produtivo para o segmento, com algumas conquistas importantes. Entre elas, está o avanço do arcabouço regulatório e legal do mercado de gás. Para o próximo ano, a associação pede a continuidade dos programas REATE e PROMAR e a ampliação e continuidade também do programa de desinvestimento da Petrobrás. Santos Jr. lembra que mais de 194 campos já foram desinvestidos, com a projeção de 122% de aumento nos índices de produção de petróleo em até 2025, promovendo a geração de mais de 315 mil empregos (diretos, indiretos e efeito renda). “Recolhemos cerca de R$ 1 bi de royalties e há previsão de investimentos até 2029 de mais de R$ 40 bi”, projetou.
Como a sua associação atuou em 2022? Os resultados foram positivos?
Os resultados da ABPIP em 2022 foram positivos. Tivemos um ano muito bom para o setor. Podemos citar os avanços do arcabouço regulatório e legal do mercado de gás, em linha com o novo marco legal federal, instituído pela Nova Lei do Gás, Lei n° 14.134/21. Como exemplo temos o aperfeiçoamento legislação ambiental referente às atividades de petróleo e gás no Estado do Rio Grande do Norte.
A ABPIP participa do Fórum do Gás, que reúne outras entidades, e também esteve presente em diversas frentes de manifestação que estão alinhadas aos preceitos de competitividade do Novo Mercado de Gás, especialmente contribuindo para que as legislações estaduais sejam harmônicas e observem os princípios da legalidade e segurança jurídica.
E, com grande entusiasmo, em março deste ano, comemoramos os 15 anos da Associação, que está em constante crescimento, agora vivendo um momento de transição energética, mantendo a atuação na defesa e consolidação do segmento de produção independente no país e visando o desenvolvimento da indústria de petróleo e gás natural no Brasil.
Além desses feitos, no período de 31 de outubro de 05 de novembro, realizamos em parceria com a ONIP/Firjan, a Missão Argentina, que contou com uma delegação de mais de 30 membros associados da ABPIP. Tivemos troca de experiência com grandes nomes da exploração não-convencional e essas lições aprendidas no campo de Vaca Muerta são de suma importância para a implementação do Poço Transparente aqui no Brasil. O edital, lançado dia 07 de dezembro pelo MME, anuncia o projeto de qualificação, que pretende fomentar a execução de poços piloto, que permitirão o acompanhamento, pela sociedade brasileira, das operações relacionadas à perfuração e ao faturamento hidráulico em reservatório não convencional, além de monitorar as práticas operacionais para que ocorram de forma ambientalmente segura e sustentável, sendo assim, um primeiro passo no sentido de adotar as práticas dessa exploração inédita em reservatórios de baixa permeabilidade em bacias sedimentares terrestres brasileira.
A ABPIP esteve presente nos principais eventos do setor, com destaque para a Mossoró Oil&Gas e a Rio Oil&Gas, nos quais participamos ativamente dos painéis de debate e também pudemos receber em nossos estandes um público bem expressivo.
Firmamos parcerias com diversas universidades e entidades e especialmente com o SEBRAE, com o qual estamos trabalhando juntos no Projeto do Polo Onshore, que muita contribuição já deu e ainda dará ao setor. Dentro deste projeto estamos desenvolvendo o PetroSupply, uma ferramenta de aproximação entre operadoras e fornecedores.
Demos continuidade aos trabalhos dos nossos comitês temáticos:
- CIRA – Comitê de Inovação e Relacionamento com a Academia
- CODECOM – Comitê de Demandas Comuns
- CALER – Comitê de Assuntos Legais e Regulatórios
- CIC – Comitê Institucional da Comunicação
Além claro de acompanhar a pauta do setor no âmbito da ANP, MME, Congresso, Assembleias Estaduais, etc.
Sendo assim, a Associação está finalizando 2022 com vários pontos positivos sempre focada em gerar valor para todos e para cada um e corroborando mensagem: ABPIP, operadores independentes e fortes.
O que espera para 2023? Quais são as perspectivas para o ano que vem?
Em 2023, a ABPIP ficará focada em contribuir com o novo governo, levando as demandas para as novas autoridades do setor, propondo a continuidade dos programas REATE e PROMAR e a ampliação e continuidade também do programa de desinvestimento da Petrobras, já que até agora obtivemos um exitoso resultado, com mais de 194 campos desinvestidos e projeção de 122% de aumento nos índices de produção de petróleo em até 2025, promovendo a geração de mais de 315 mil empregos (diretos, indiretos e efeito renda). Recolhemos cerca de R$ 1 bi de royalties e há previsão de investimentos até 2029 de mais de R$ 40 bi.
Assim, temos perspectiva de continuar contribuindo e até ampliar a contribuição que temos dado ao país, gerando emprego e renda.
Se fosse consultado, quais as sugestões dariam aos governantes para que os negócios prosperem ainda mais?
Para 2023, sugerimos ao novo governo a continuidade do Programa de Desinvestimento da Petrobras, assim como a continuidade das ações estabelecidas no REATE e no PROMAR. Também sugerimos uma reestruturação da ANP, com a criação da Superintendência de Campos e Acumulações Marginais, entre outros pontos abordados na proposta aos presidenciáveis que segue anexa.
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