ABRAMAN VAI INVESTIR EM CAPACITAÇÃO PARA NOVA TENDÊNCIA NO MERCADO DE MANUTENÇÃO | Petronotícias




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ABRAMAN VAI INVESTIR EM CAPACITAÇÃO PARA NOVA TENDÊNCIA NO MERCADO DE MANUTENÇÃO

A Associação Brasileira de Manutenção e Gestão de Ativos (Abraman) foi criada há quase 30 anos por funcionários deste setor de vital importância para qualquer tipo de indústria, especialmente a de petróleo e gás. Antes focada em promover capacitação de empresas e profissionais voltados para a manutenção, a Abraman instituiu, não só em seu nome, a gestão de ativos. Com uma abordagem muito mais ampla que abrange todo o ciclo de vida de ativos físicos, ao invés de apenas o reparo e a inspeção, a gestão de ativos ainda é novidade na área, mas já ganha importância significativa no setor de manutenção brasileiro. Para falar sobre o trabalho desenvolvido pela Abraman, o repórter André Dutra conversou com o diretor da associação, Célio Prado.

Qual é o trabalho promovido pela Abraman em relação à gestão de ativos?

Nós possuímos parcerias com universidades e instituições especializadas para oferecer cursos de pós-graduação no assunto. Por enquanto é pouco, mas nós enxergamos muito futuro neste campo de gestão, que é uma tendência mundial. Em diversos fóruns e eventos mundiais chegou-se a conclusão de que a gestão de ativos é o futuro do setor, inclusive já existe um padrão criado na Europa para gestão de riscos, o PAS55, que a Abraman já trouxe para o Brasil.

Essa norma já é vigente na legislação brasileira?

Ainda não, mas já existem empresas bastante adiantadas na aplicação dela, como as do grupo Votorantim. O que fizemos na verdade foi traduzir o texto da norma, mais para que as empresas associadas à Abraman tivessem acesso a essa informação. Mas já existe a expectativa de uma certificação como essa no Brasil, a ISO55000, que será inclusive baseada na PAS55 e deve sair em breve.

Em relação à manutenção no Brasil, qual é a situação do mercado nacional para o setor?

Apesar de um crescimento natural do setor, que acontece com o crescimento da indústria, ainda há muito o que melhorar. Uma pesquisa recente sobre os BRICs indicou que um dos principais fatores que mantém o Brasil na lista dos países emergentes é a falta de mão de obra qualificada. Apesar de estarmos crescendo como país, não estamos formando mão de obra suficiente para acompanhar este crescimento, e com a área de manutenção, que é de difícil operação, acontece a mesma coisa.

Quais as iniciativas da Abraman para tentar amenizar este problema?

Nós temos uma parceria com o ministério de indústria e comércio para promover um programa nacional de capacitação e certificação profissional em manutenção. Este programa é nossa principal ação neste sentido, já estando há quinze anos dentro de grandes empresas de diversos segmentos, inclusive de óleo e gás. Porém, existem alguns setores nos quais não temos muita atuação, como o de construção e o de mineração, nos quais ainda procuramos espaço para esta inciativa.

O quanto este programa já contribuiu para melhorar a qualidade do setor de manutenção no Brasil?

Infelizmente a falta de manutenção ainda acontece muito dentro das empresas, mas a cada dia é dada mais importância ao setor. O fato de ter virado notícia recentemente, com o caso do Hopi Hari, em que uma falha de manutenção resultou em fatalidade, acaba chamando a atenção das empresas para o serviço de manutenção. Porém existem sim empresas que sempre levaram a manutenção a sério, como a Petrobrás, que exige qualificação das empresas do setor que contrata.

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Milton P. Silva
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Será essa, a nova forma de restringir a entrada dos produtos nacional no continente europeu?