AÇÃO COLETIVA CONTRA A BRASKEM ENTRA EM NOVA FASE NOS ESTADOS UNIDOS
Empresas brasileiras respondendo a ações coletivas nos Estados Unidos têm sido cada vez mais comuns. Além da Petrobrás e Eletrobrás, dois grupos de americanos abriram dois processos contra a Braskem na Corte de Nova York. Nesta terça-feira (8), o juiz Paul Englemayer decidiu dar prosseguimento ao caso e unificou os processos, nomeando um investidor único para ser o líder da ação.
Dois investidores se apresentaram com a intenção de liderar o processo contra a petroquímica: Ricardo de Souza, que alega ter tido prejuízo de US$ 56 mil com ações da companhia, e o fundo de pensão Boilermarker-Blacksmit National Pension Trust, com sede em Kansas City, que alega ter tido prejuízo de US$ 1,4 milhão. O juiz acabou optando pelo fundo de investimentos.
O procedimento é o mesmo adotado com as cinco ações coletivas abertas contra a Petrobrás. Agora, cabe aos advogados de defesa da petroquímica e aos advogados dos aplicadores se manifestarem, com data limite estabelecida para o dia 22. No mesmo dia, as partes que abriram processo devem enviar uma carta conjunta falando dos próximos passos da ação, incluindo sugestões de datas para apresentação do processo consolidado sobre o caso e de uma resposta da Braskem sobre as acusações.
Segundo os investidores, a Braskem teria divulgado comunicados e documentos “falsos e enganosos”, omitindo o envolvimento da companhia no esquema de corrupção da Petrobrás, fazendo as ações da companhia serem negociadas a preços artificialmente inflados. No entanto, quando as relações da companhia com a Operação Lava Jato vieram a público, o preço dos papeis caiu 20%.
No processo americano, são réus alguns executivos da companhia, como o presidente, Carlos Fadigas (foto), a ex-diretora financeira da Braskem e atual diretora financeira da Odebrecht, Marcela Drehmer Andrade, e o atual diretor financeiro da companhia, Mário Augusto da Silva.
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