ACCIONA APOSTA NO CRESCIMENTO DO MERCADO EÓLICO E INVESTE NA AMPLIAÇÃO DE SEUS ATIVOS

Por Paulo Hora (paulo.hora@petronoticias.com.br) –

Com expectativa de que a fonte eólica continue competitiva nos próximos leilões, a Acciona Windpower aposta na manutenção dos investimentos de ampliação de sua carteira de ativos. Segundo o diretor, Christiano Forman, o financiamento do BNDES tem sido fundamental para esses avanços e o mercado tem dado resposta. Ele também afirmou que a Acciona tem interesse em entrar no mercado de geração de energia a partir da fonte solar.

No resultado global da Acciona, o setor de energia teve perda em seu valor de negócio. Essa redução também foi verificada no Brasil?

Não. O resultado global teve relação com a operação de parques eólicos. No Brasil, a situação é bem diferente, pois, aqui, só trabalhamos com a fabricação de equipamentos. Não divulgamos resultados específicos, mas houve crescimento da demanda por turbinas geradoras da Acciona Windpower.

Quais são os projetos atuais da Acciona no Brasil?

O Brasil é o nosso principal mercado e a nossa carteira está em constante expansão. Estamos concluindo a ampliação da fábrica de cubos eólicos (peças que concentram as hélices das torres geradoras de energia) que temos na Bahia, com capacidade de montagem anual de 135 cubos eólicos.

Como você avalia a importância do financiamento que o BNDES disponibiliza para o setor de energia eólica?

O BNDES é o principal investidor em projetos no Brasil e, como todos os outros, o setor eólico também precisa desse tipo de financiamento em condições especiais. Para isso, a Acciona Windpower tem cumprido a exigência de conteúdo local.

O impacto está sendo positivo e o mercado tem dado resposta. Nossa tecnologia é a mais avançada, os resultados nos leilões realizados até aqui foram satisfatórios e a capacidade de produção tem aumentado. Tudo isso resulta em maior geração de emprego.

Quais foram os últimos modelos de turbinas eólicas lançados pela Acciona?

Foram os aerogeradores AW-3000, de 3 MW, disponíveis em modelos com rotores de 125 metros ou 116 metros de diâmetro, em torres de 120 metros de altura.

Já houve contratos assinados para esses modelos?

Os de 116 metros de diâmetro já estão em operação. Firmamos contrato recentemente para fornecer o de 125 metros para um projeto de 120 MW da CPFL Renováveis no Rio Grande do Sul, além de contratos para empreendimentos de Voltalia, Rio Energy e Atlantic.

A Acciona tem planos de entrar no mercado de outras fontes de energia?

Sim. Temos interesse no mercado de energia solar. Mas ainda não podemos dar mais detalhes sobre isso. Nosso foco continua na fabricação de equipamentos para empreendimentos eólicos, pois temos a expectativa de que essa fonte continue competitiva nos próximos leilões.

Vocês irão participar dos leilões?

Não teremos projetos inscritos, mas buscaremos parcerias, como já fizemos em outras oportunidades.