ACIRRA A DISPUTA POR CADEIRAS NO CONSELHO DA PETROBRÁS E GOVERNO DESISTE DE INDICAR WAGNER VICTER
A queda de braço por uma vaga no Conselho de Administração da Petrobrás está cada vez mais acirrada. Na briga por um assento no colegiado, as forças políticas de Brasília se movimentam para assegurar seus interesses. Hoje (1º), o governo oficializou uma mudança na lista de indicados para o conselho, com a substituição de Wagner Victer (foto), ex-presidente da Cedae, por Bruno Moretti. Victer havia sido indicado pela ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck. Moretti já atuou como Secretário-Executivo Adjunto da Casa-Civil da Presidência da República e hoje é Secretário Especial de Análise Governamental da Presidência da República.
Para lembrar, além de Victer, foram indicados Jean Paul Terra Prates, Carlos Eduardo Turchetto Santos, Vitor Eduardo de Almeida Saback e Eugênio Tiago Chagas Cordeiro e Teixeira. Para a presidência do conselho, o escolhido foi atual secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, Pietro Adamo Sampaio Mendes.
No mercado, a lista de indicados provocou variadas reações. Muitos viram uma influência direta do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), nos nomes escolhidos. Na mesma linha, outros enxergam uma disputa entre partidos do Centrão e o PT pelo comando do conselho. A indicação de Pietro Mendes também enfrenta resistência entre os sindicalistas da Federação Única dos Petroleiros (FUP).
A entidade sindical diz que há questionamentos se ele se enquadra no que determina a Lei das Estatais. Pietro é funcionário de carreira da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e acumula função de secretário do Ministério de Minas e Energia. Foi também secretário-adjunto do ex-ministro bolsonarista Adolfo Sachsida.
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