DESINVESTIMENTOS DA PETROBRÁS EM CAMPOS MADUROS CRIAM OPORTUNIDADES PARA OUTRAS OPERADORAS DE PETRÓLEO
Passados mais de sete anos desde seu lançamento, o programa de desinvestimentos da Petrobrás entra na maturidade e colhe frutos a partir da revitalização de campos maduros por operadoras independentes, revertidos na forma de emprego e renda. Anunciado ainda em março de 2016 sob o nome de “Projeto Topázio”, o plano integrava a estrutura de negócios da estatal de priorizar investimentos na transição energética, no pré-sal e em novas fronteiras exploratórias, alienando para outras petroleiras a operação de campos classificados como “maduros” ou de “acumulação marginal”, isto é, ativos cuja curva de produção de petróleo e gás natural apresentam indicadores de declínio e custos crescentes de extração. Por meio desses desinvestimentos, algumas operadoras independentes conseguiram atrair os investimentos necessários para revitalizar os poços e retomar o crescimento da curva, abrindo uma nova frente de produção em campos de exploração comercial mais antiga e incrementando ainda mais a produção de hidrocarbonetos do Brasil, que recentemente ultrapassou o México e se tornou o maior produtor de petróleo e gás natural da América Latina.
Um exemplo nesse sentido é o da própria 3R Petroleum. Em abril de 2020, um mês antes de assumir as concessões relativas ao Polo Macau, o antigo operador registrava a produção média diária de 3.735 barris de óleo (bbl/d). Em setembro de 2023, passados mais de três anos sob a operação da 3R, a média produzida nesses campos alcançou 5.844 bbl/d, aumento de 56,5% em relação ao que o antigo operador produzia pouco antes de repassar o ativo à petroleira. No Polo Recôncavo, que abriga os poços de produção comercial mais antigos do país, o volume médio de óleo retirado do subsolo passou de 985 bbl/d em maio de 2022, mês em que o antigo operador passou a gestão do ativo para 3R, para 1.589 bbl/d em setembro de 2023, aumento de 61,3% em pouco mais de um ano de operação em solo baiano.
Quanto mais barris de petróleo extraídos da terra, maior também é a parcela de participação na produção paga pelas operadoras independentes aos proprietários de terra onde se localizam os poços produtores. Conforme determina a Lei do Petróleo e as normas da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), estes superficiários têm o direito de receber entre 0,5 e 1% da produção mensal auferida em suas propriedades. Diferentemente do ocorrido em outros países, o processo de retomada de produção em campos maduros no Brasil é feito com capital quase integralmente nacional. Para fazer frente aos investimentos necessários para aquisição e revitalização dos ativos cedidos pela Petrobrás, as petroleiras independentes optaram por abrir capital na B3, local em que conseguiram levantar bilhões de reais na forma de oferta de ações e dívida.
A 3R, por exemplo, possui hoje 72 mil acionistas, sendo 95% deles brasileiros. Em menos de três anos de atuação na bolsa, a empresa já conseguiu levantar mais de R$ 3 bilhões por meio de duas ofertas de ações e uma emissão de debêntures. Este capital retorna à sociedade na forma de investimentos, empregos e renda para as localidades onde estão os campos maduros, nas regiões que viviam o declínio de investimentos e produção. Segundo dados da Associação Brasileira de Produtores Independentes de Petróleo (ABPIP), as petroleiras independentes preveem investir mais de R$ 20 bilhões até 2027 na revitalização de poços. No caso da 3R, em menos de três anos de operação, já foram gerados cerca de 7 mil empregos diretos e indiretos diretamente ligados à sua atividade, além de ações de impacto social. Entre as iniciativas implementadas, estão o patrocínio a projetos esportivos para formação de atletas, beneficiando 1,7 mil pessoas em situação de vulnerabilidade social, a capacitação profissional, programas de educação e promoção da saúde e cuidado com o meio ambiente, assim como o projeto de Combate à Fome, que, em 2022, beneficiou mais de 1,2 mil famílias no BA, RN e RJ com auxílio alimentação.
Como saber se o capital levantado na B3 não ultrapassa a capacidade de retorno do investimento ?
A produção aumentou porque os negócios foram verdadeiros presenres para as petroleiras privadas! Negócios baratos, escusos, muito, mais muito aquem do que realmente valiam os campos e as instalações! A Petrobras não investia para conseguir o mesmo up de produção porque não quis, decisão da empresa de ir nessa contramão e também para sucatea-la. Transformar a opinião pública sobre a mesma, sangraram a Petrobras de todas as formas!
Se ela esta “Bem” o porque ela não paga dividendos, para alavancar o seu valor de mercado ?