ACORDO COM A ARGENTINA VAI ACELERAR CONSTRUÇÃO DO REATOR MULTIPROPÓSITO COM A AMAZUL PARTICIPANDO DA NOVA ETAPA | Petronotícias





ACORDO COM A ARGENTINA VAI ACELERAR CONSTRUÇÃO DO REATOR MULTIPROPÓSITO COM A AMAZUL PARTICIPANDO DA NOVA ETAPA

IPEROAgora vai. A AMAZUL – Amazônia Azul Tecnologias de Defesa-  assinou com a Fundação PATRIA, um contrato para receber apoio técnico às contratações de obras no terreno onde será construído o Reator Multipropósito Brasileiro. O empreendimento, entre outras finalidades, deverá tornar o Brasil autossuficiente em insumos para a produção de radiofármacos, usados no diagnóstico e tratamento de doenças como o câncer. O contrato permitirá a execução de algumas metas previstas no convênio firmado em dezembro de 2022 entre a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e a Fundação PATRIA, no valor de R$ 172 milhões, destinados às obras do RMB. Essas metas se referem à elaboração do projeto detalhado de engenharia do Laboratório de Processamento de Radioisótopos e à execução de serviços de terraplenagem, de construção de ponte e de planos e programas ambientais no terreno, localizado em Iperó.
Os serviços a serem prestados pela AMAZUL abrangem a elaboração de especificações técnicas e termos de referência para a contratação de obras; análise de documentos técnicos e propostas das empresas licitantes; verificação dos documentos emitidos pelas empresas contratadas; prospecção de mercado, visando a identificar empresas com capacidade de realização do serviço; realização de atividades de campo essenciais, relacionadas aos programas ambientais até a contratação de empresa especializada; e elaboração de relatório anual consolidado das atividades dos programas ambientais, a ser encaminhado pela CNEN ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (IBAMA). No fim de 2021, a AMAZUL entregou o projeto detalhado do RMB, elaborado junto com a CNEN e a empresa argentina INVAP. Também em parceria com a CNEN, a empresa atua no terreno onde será construído o RMB executando programas e ações socioambientais necessárias ao licenciamento do empreendimento.

Em Brasília, foi debatido o futuro da energia nuclear brasileira no painel “Diálogos Científicos” da 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, em Brasília. O debate, realizado pelamulti Secretaria de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social (SETAD), contou com a presença de representantes da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). O consultor da CNEN,  professor José Augusto Perrotta, apresentou para uma plateia de professores universitários e técnicos das áreas, o projeto do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), que no futuro será um dos mais importantes centros de pesquisa de tecnologia nuclear no país e para a produção de fármacos. Perrota destacou a importância de propagar o trabalho realizado pelo CNEN e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) sobre a energia nuclear. Ele disse que  “Nosso trabalho é pegar esse conhecimento sobre ciência nuclear e transformá-lo em tecnologia. O que a gente faz é entender a ciência e transformar em tecnologia para aplicação para a sociedade, para melhorar a qualidade de vida da sociedade.” O RMB vai trazer a autossuficiência do Brasil para produção dos radioisótopos.

Para a coordenadora técnica do RMB e assessora de Pesquisa do CNEN, Patrícia Pagetti,  “Sendo que a maior parte desses radioisótopos são fornecidos e usados como insumo para radiofármacos usados na medicina nuclear. Este é o grande objetivo social desse reator.” De acordo a coordenadora, além da aplicação na medicina, a segunda função do reator brasileiro é para ser usado na aplicação estratégica e desenvolver novos materiais, como novos combustíveis para reatores:  “A terceira função é ter um grande laboratório de feixe de nêutrons e vários laboratórios associados para desenvolver pesquisas científicas e desenvolver novas tecnologias. Isso traz um grande avanço para a área nuclear no país. Patrícia também enfatizou a necessidade de colocar em debate o que o Brasil tem feito com relação às tecnologias em energia nuclear. “Qualquer discussão nessa área mostrando as aplicações sociais e estratégicas da energia nuclear são pacíficas. A gente tem cada vez mais que divulgar o que é a tecnologia nuclear e todas as aplicações que trazem tantos benefícios para a sociedade.” No início do mês de outubro, a ministra Luciana Santos, assinou, em Buenos Aires, um acordo de cooperação com a Argentina  para a implantação do Reator Multipropósito Brasileiro na cidade de Iperó (SP). A parceria facilitará a construção do RMB, segundo explica Patrícia. “Esse acordo foi feito para que uma empresa argentina, que tem muita experiência em projetos de reatores, possa ajudar no avanço da construção do RMB”, disse. Além da planta de produção de radioisótopos, a parceria envolve projetos conjuntos de pesquisa e desenvolvimento e ações que beneficiarão toda a cadeia produtiva da indústria nuclear nos dois países.

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