ACORDO ENTRE A PETROBRÁS E A CNPC ACENDE A ESPERANÇA EM TRÊS LAGOAS DE RETOMAR OBRAS DA UFN 3
A Unidade de Fertilizantes Nitrogenados – UFN 3, em três Lagoas, Com obras paradas há mais de dois anos, pode voltar ao cenário econômico como chave para destravar a crise do gás natural e aumentar as exportações. E esta chave pode ser a estatal petrolífera chinesa CNPC (China National Petroleum Corporation), com quem a Petrobrás assinou um acordo estratégico. Os chineses vão avaliar o investimento para a unidade, que fica a quase 350 quilômetros de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul. A UFN 3 pode ajudar a resolver a crise do gás natural. De acordo com o governo do Estado, a Petrobrás ainda não informou à Bolívia quanto vai importar de gás a partir de 2019, quando o contrato atual terminar. A instabilidade aliada a redução no consumo por parte da estatal, derrubaram drasticamente a arrecadação do governo com ICMS sobre o produto.
A planta é fundamental para destravar a questão do gás, já que ela será abastecida por gás natural importado da Bolívia. E até o momento a Petrobrás ainda não manifestou qual o volume vai operar a partir de 2019. Outra questão estratégia da UFN 3 é a produção de fertilizantes nitrogenados, produto com grande mercado interno e externo. Em setembro, a Bolívia inaugura sua fábrica de amônia já com 8% das exportações garantidas pelo Brasil, que importa mensalmente ureia nitrogenada.
O produto é justamente o que deve ser produzido pela UFN 3, em Três Lagoas. A Bolívia aparece já como um concorrente no mercado, mas sua produção vai atender apenas 25% da demanda que temos para o produto. Ou seja, já passou da hora da fábrica entrar em operação.
Apesar do memorando vir de encontro ao que a estatal sempre disse, que buscava um parceiro da China para destravar a obra, ele não é garantia de que isso se dará efetivamente. Recentemente a Justiça Federal de Três Lagoas liberou a Petrobrás para negociar ou vender a fábrica, um passo importante para destravar a obra. Com 82% das obras concluídas, a fábrica está parada há dois anos e meio, desde que o contrato com o consórcio responsável pela construção foi rompido, em dezembro de 2014. Empresários da região esperam até hoje receber R$ 36 milhões em dívidas deixados pela empresa.
Deixe seu comentário