ACORDO ENTRE PETROBRÁS E PETROLEIROS SERÁ ARBITRADO PELO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
Mesmo depois de 20 reuniões entre a Petrobrás e os representantes de seus funcionários, ainda não houve acordo entre as partes no que diz respeito ao reajuste salarial. Por isso, a empresa pediu uma mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST) para firmar um acordo coletivo, que vale até o último dia desse mês de agosto, o próximo sábado. De acordo com a nota publicada pela Petrobrás, a decisão foi tomada depois de “esgotadas as tentativas de chegar a um acordo nas negociações com as lideranças sindicais”. A Petrobrás afirmou ter “plena confiança de que a decisão de buscar a mediação do TST é a mais acertada a tomar neste momento, buscando evitar greves e paralisações”. A companhia alega que antecipou o início das discussões do acordo coletivo para maio “visando evitar contratempos e garantir as melhores condições para o diálogo”.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) diz que que supervisores e gerentes estão sendo obrigados a votar a favor da proposta da estatal, sob risco de perderem suas funções gratificadas e cargos de confiança e que dará “um sonoro não à proposta indecorosa da gestão do presidente da Petrobrás”. A FUP disse em nota que “ A empresa insiste em uma proposta de Acordo Coletivo rebaixada, que retira direitos importantes da categoria e oferece um reajuste salarial que não cobre sequer a inflação do período”.
A Petrobrás diz que entre 2003 e 2014 os funcionários tiveram ganho real de 51% acima da inflação e, por isso, não haveria recomposição salarial. A companhia também propôs não reajustar vale-alimentação e educação, além de acabar com o programa Jovem Universitário e com os adicionais pagos no Amazonas em campos terrestres. Os petroleiros reivindicam recomposição salarial de 4,45% acumulado entre 1º de setembro de 2018 e 31 de agosto de 2019.
Em sua nota oficial, informa que “A Petrobrás vem passando por uma profunda transformação e está executando um amplo programa de ajustes que inclui a gestão mais eficiente de seu portfólio, transformação digital, tecnologia, treinamento e capacitação de seus empregados, eficiência em custos e aumento da competitividade. A Petrobras vem revertendo o cenário de grave crise dos anos 2014-2015, mas ainda está longe do desempenho que a possibilite competir em condições de igualdade com os seus principais concorrentes, o que exige determinação na busca dos seus objetivos. O total da dívida caiu de US$ 126 bilhões, em 2015, para US$ 101 bilhões, no segundo trimestre de 2019. Mas, apesar de todos os esforços, cada barril de petróleo da Petrobrás ainda embute um custo de US$ 6 em juros, o dobro do montante mais elevado de seus principais concorrentes. Este cenário mostra que a Petrobrás acertou na escolha de sua estratégia mas tem um longo caminho pela frente e muito trabalho a ser feito. O comprometimento de seus empregados é essencial para que a empresa alcance seus objetivos com ainda mais responsabilidade na tomada de decisão e gestão da empresa”.
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