ACORDO GARANTE LIBERDADE PARA PAULO ROBERTO COSTA EM CINCO ANOS E REPATRIAÇÃO DE MILHÕES DE DÓLARES
A cada dia que passa, a corda parece desapertar do pescoço do ex-diretor Paulo Roberto ao mesmo tempo em que começa a estrangular todos os envolvidos no escândalo de corrupção que lesou a Petrobrás em dezenas de milhões de reais. Depois de assinar um acordo para delação premiada e passar as últimas duas semanas prestando depoimentos diários sobre o esquema de desvios de dinheiro na Petrobrás, Costa já aceitou a repatriação de dinheiro depositado no exterior. E mais: ele pode deixar a cadeia ainda nesta semana. A liberdade faz parte do acordo firmado entre Paulo Roberto e o Ministério Público Federal no Paraná que resultou na implicação de dezenas de políticos de partidos da base de apoio da presidente Dilma Rousseff como supostos beneficiários de um esquema de propinas na Petrobrás.
Mesmo colaborando com as investigações, Costa deverá ser condenado a uma pena aproximada de cinco anos – o que lhe garantiria, ao final do processo, o direito ao regime semiaberto, no qual seria sentenciado a uma sanção menor do que oito anos de prisão, recebendo a condição de trabalhar durante o dia fora da cadeia, voltando para o presídio no início da noite. Neste caso, a progressão da pena poderia lhe levar ao regime aberto em poucos meses. A expectativa entre os procuradores da República e sua própria defesa era que fosse condenado a uma pena superior a 50 anos pelos crimes de lavagem de dinheiro e ocultação e destruição de documentos. Pelo acordo, o ex-diretor também abre mão do dinheiro ilícito que mandou para o exterior. Pelo menos US$ 23 milhões estão bloqueados na Suíça em cinco contas atribuídas ao ex-diretor.
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