AERONÁUTICA VAI ASSUMIR COMANDO DAS OPERAÇÕES DOS VANTS BRASILEIROS COMPRADOS EM ISRAEL
Os Vants não tripulados Hermes e Heron, comprados de Israel para patrulhar as nossas fronteiras, vão voltar a ser operados pelo governo brasileiro, que decidiu retomar o projeto de vigilância das fronteiras, parados desde o governo Dilma Rousseff. O Comando da Aeronáutica lançou edital para a contratação de capacidade espacial via satélite para a implantação do serviço de controle dos sistemas das dias aeronaves. Os dois aviões não tripulados foram comprados em Israel em 2009, no final do segundo mandato do presidente Lula. O projeto já consumiu mais de 150 milhões de reais. O objetivo inicial era colocar os dois aparelhos para atuar em ações de inteligência nas fronteiras, monitorando o narcotráfico e o contrabando de armas, mas isso praticamente não saiu do papel. A reabilitação dos aparelhos começou em janeiro de 2019, quando o Ministério da Justiça, por intermédio da Polícia Federal, assinou termo de cessão de uso com o Comando da Aeronáutica, para a operação conjunta do Sistema de Aeronaves Remotamente Pilotadas (Sarp).
A participação de um apoio israelenses é fundamental pela experiência usada por suas tropas no controle do espaço das fronteiras mais perigosas para Israel. Os Vants têm 16 metros e podem voar por instrumentos por 36 horas sem reabastecimento. Suas lentes são tão potentes que podem ler uma carteira de identidade a 5 quilômetros de altura ou detectar túneis de 7 metros de profundidade. Em uma semana, um Vant pode mapear todo o território nacional. Em morros e favelas, o avião não tripulado pode fazer reconhecimento facial de traficantes.
A contratação de serviços de comunicação por satélite é necessária, pois dá mais autonomia a aeronave. A base de controle do avião e a recepção de imagens de alta resolução é uma espécie de contêiner em terra, mas o avião passa a ser controlado por satélites quando excede um raio de 250 a 300 quilômetros de distância da base. O Vant pode monitorar ações humanas a 30 quilômetros de distância. Nas mãos da Aeronáutica, estes aviões poderão ser utilizados em inúmeras operações de inteligência, pois são silenciosos e invisíveis no ar.
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