AES UNION AMPLIA ESCOPO DE ATUAÇÃO PARA O SETOR DE REPAROS E PLANEJA NOVOS INVESTIMENTOS EM 2023

Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –

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Felippe Bastos

De olho na expansão de sua presença no mercado de óleo e gás, a empresa AES Union está ampliando seu escopo de soluções para o setor. A companhia planeja integrar os seus serviços de limpeza e inspeção com uma nova linha de atuação – a de reparos navais e estruturas metálicas. Para tal, a AES Union está em fase final de aquisição de uma empresa de reparos, o que ampliará seu quadro de colaboradores para mais de 700 pessoas. “Assim, conseguimos garantir ao nosso cliente um escopo combinado de serviços no mesmo grupo de empresas, possibilitando um único gerenciamento de projetos, armazenando os dados e ajudando nossos clientes a tomarem decisões mais assertivas”, detalhou o CEO da AES Union, Felippe Bastos (foto). Para atuar nesse novo nicho de negócio, a companhia contratou o executivo Mauro Vidal, engenheiro naval com larga experiência no mercado naval e offshore. “Vamos aproveitar a realização da Rio Oil & Gas, na próxima semana, para apresentar essa solução integrada de limpeza, inspeção e reparo para o setor de óleo e gás”, detalhou Vidal. Durante a entrevista, os executivos comentaram também sobre as perspectivas para os próximos anos, os planos de internacionalização de negócios e a previsão de novos investimentos. “Para 2023, iremos investir entre 15% e 20% do nosso faturamento bruto em CAPEX, equipamentos e tecnologia para oferecer serviços cada vez mais diferenciados aos nossos clientes”, contou Bastos.

Para começar a nossa entrevista, gostaria que falasse aos nossos leitores sobre como tem sido o foco de atuação da empresa dentro do setor de óleo e gás.

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Mauro Vidal

Felippe – A AES Union é um grupo de empresas com soluções inovadoras de engenharia para o gerenciamento de integridade de ativos. Nosso grupo possui mais de 300 colaboradores qualificados para atender às necessidades dos nossos clientes com tecnologia de ponta e processos bem definidos, que visam garantir a operação  desses ativos evitando paradas não programadas, garantindo a segurança da operação e zero acidentes.

Nosso pipeline de serviços se inicia na limpeza, preparação de superfícies, inspeção e manutenção. Assim, conseguimos garantir ao nosso cliente um escopo combinado de serviços no mesmo grupo de empresas, possibilitando um único gerenciamento de projetos, armazenando os dados e ajudando nossos clientes a tomarem decisões mais assertivas.

Recentemente, contratamos o Mauro Vidal – profissional com sólido conhecimento e experiência na área de engenharia – para ampliar o nosso pipeline de serviços de engenharia, possibilitando nossa entrada no segmento de reparos navais e estruturas metálicas. Desta forma, conseguimos concluir nossas soluções integradas para tanques, ou seja, limpeza, inspeção e reparo. Inovação é o que nos move.

Poderia detalhar um pouco mais sobre essa nova linha de atuação da empresa?

solutions_tank_cleaning_principal-1 copiarMauro – Esse tipo de serviço é algo inovador que será implementado pela AES Union, com a integração entre limpeza, inspeção e reparo. A princípio, parece ser algo simples, mas não é. Geralmente, o processo que envolve essas atividades é demorado, pois são realizadas por empresas diferentes. A submissão do plano de reparo para a classificadora, por exemplo, demanda um certo tempo, assim como a execução do reparo em si.

Por isso, o objetivo da AES Union é oferecer mais rapidez ao mercado, de modo a possibilitar que um tanque possa voltar à operação dentro do menor espaço de tempo possível. Com a integração de serviços, poderemos durante a limpeza já começar a preparação para inspeção; e durante a inspeção, ao encontrar anomalias, poderemos começar a delinear os reparos. Vamos aproveitar a realização da Rio Oil & Gas, na próxima semana, para apresentar essa solução integrada de limpeza, inspeção e reparo para o setor de óleo e gás.

Como está a demanda atual por serviços de reparo dentro do setor de óleo e gás?

tank_repairFelippe – O mercado de petróleo e gás do Brasil está dentro de um cenário que nunca foi imaginado anteriormente. Com os desinvestimentos da Petrobrás em campos maduros, outras empresas estão entrando nesse mercado. Ou seja, as companhias fornecedoras não precisam mais negociar diretamente com a Petrobrás – um processo que é relativamente demorado, tendo em vista a envergadura da Petrobrás. Nesse novo cenário, é possível trabalhar diretamente com as multinacionais. O timing de contratação dessas empresas é muito mais rápido. Isso abre um leque de serviços que não era imaginado anteriormente no cenário brasileiro.

Como estão as perspectivas de crescimento da empresa a partir dessa nova linha de atuação?

mechnical_tank_cleaning-2Felippe – Atualmente, o grupo AES Union já reúne mais de 300 funcionários. Hoje, dentro do cenário offshore, a companhia possui uma representatividade muito grande. Atuamos dentro da maior frota de FPSOs do Brasil, que é operada por uma multinacional japonesa, assim como outros clientes multinacionais presentes no Brasil.

Para 2023, iremos investir entre 15% e 20% do nosso faturamento bruto em CAPEX, equipamentos e tecnologia para oferecer serviços cada vez mais diferenciados aos nossos clientes. Em termos de estrutura organizacional, nós contratamos softwares de ponta, de modo a dar suporte ao workflow e controlar esses processos da melhor maneira possível, usando todas as boas práticas de mercado.

Estamos em fase final de aquisição de uma empresa de reparos, assim ampliaremos nosso quadro de colaboradores para mais de 700. Além disso, estamos com mais 40 vagas abertas para contratar novos profissionais até dezembro deste ano. Por fim, importante mencionar ainda que até meados de 2023, iniciaremos a nossa operação internacional. No exterior, a AES Union irá oferecer a mesma solução integrada de serviços executados no Brasil.

Para finalizar nossa conversa, quais são as perspectivas com mercado de óleo e gás?

aes-unionFelippe – O setor de óleo e gás já está crescendo devido à desestatização da Petrobrás, a descoberta de novas reservas adicionadas e a alta demanda reprimida no período de confinamento. Muitos projetos que estavam parados estão agora sendo retomados por outras operadoras. Isso abre uma gama de possibilidades para as companhias prestadoras de serviços. Também existe uma nova área de atuação, que é o setor onshore. A Petrobrás vendeu grandes ativos terrestres. Empresas como a 3R Petroleum, PetroReconcavo, entre outras, adquiriram lotes bem grandes desses ativos onshore e estão produzindo mais de 15 mil barris por dia. As demandas do segmento onshore devem aumentar nos próximos anos.

Mauro – Endosso as palavras do Felippe em relação ao crescimento do mercado, com novos negócios aparecendo. Algo a se considerar é que as unidades em operação estão envelhecendo. Isso também garante uma maior demanda em relação à integridade dos ativos. Daí surge o nosso interesse em atender esse tipo de mercado. A AES estará preparada para atender aos escopos de manutenção da integridade desses ativos, que não são tarefas fáceis.

Porém, nós teremos capacidade de otimizar o processo e torná-lo mais ágil, o que deverá minimizar a dificuldade das operadoras em atender aos prazos das inspeções de classe. Além conseguir colocar seus tanques de carga em operação com prazos menores dos que  os praticados atualmente no mercado.

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