AGÊNCIA ATÔMICA EM ALERTA DIZ QUE O IRÃ TERÁ URÂNIO ENRIQUECIDO EM SEMANAS SUFICIENTE PARA FAZER UMA ARMA NUCLEAR

Os ataques do Irã contra Israel, que seriam em represália ao ataque de Israel a embaixada do país em Damasco, na Síria, matando quatro generais importantes iranianos, fez o país mandar acelerar o enriquecimento de Urânio à níveis militares que possa ser usado em armas nucleares. E isso, acendeu uma luz vermelha na Agência Internacional de Energia Atômica, comandada pelo argentino Rafael Grossi. Este  enriquecimento de urânio, a falta de acesso para monitores internacionais intensificam as suspeitas sobre intenções de Teerã.  Grossi  condena ameaças nucleares. O Irã estaria a “a semanas, mais do que a meses” de ter urânio enriquecido suficiente   para desenvolver uma bomba nuclear, afirmou Rafael Grossi. “Mas isso não significa que o Irã tem ou teria uma arma nuclear nesse prazo.”

Portanto, embora suficiente enriquecimento de urânio em grau quase armamentista seja causa para alarme, não se pode tirar conclusões diretas, já que “uma ogiva nuclear funcional exige muitas outras coisas, independente da produção de material físsil suficiente“.  A versão oficial   é que haveria necessidade desse material radioativo para propósitos médicos ou civis. Segundo Grossi, a AIEA não está recebendo do Irã o acesso devido, o que contribui para as especulações sobre o

CENTRAL NUCLEAR IRANIANA DE NATANZ

programa nuclear do país. “Tenho repetido às minhas contrapartes iranianas  que estas atividades me faz franzir a testa, reforçado pelo fato de que não estamos obtendo o grau de acesso e visibilidade que eu acredito seria necessário. Juntando isso tudo, é claro que se acaba com um monte de pontos de interrogação.”

O diretor-geral citou descobertas não esclarecidas, feitas por sua agência, como traços de urânio enriquecido em locações inesperadas, agravando as dúvidas quanto à transparência iraniana: “Isso está no centro desse diálogo que eu tenho tentado e ainda tento conduzir com o Irã.” Abordando as tensões crescentes   entre o país muçulmano e Israel, Grossi condenou qualquer intenção de atacar instalações nucelares, que classificou como “tabu absoluto”. Ele considera preocupante a tendência a lançar ameaças de ataque ou armas nucleares: “Acho que essa normalização do discurso sobre as armas nucleares, de lançá-las, obtê-las, é absolutamente deplorável.” Referindo-se às notícias sobre conversas entre os Estados Unidos e o Irã, ele assegurou que sua agência sempre procura promover o diálogo: “E estou interessado é no diálogo entre nós, a AIEA e o Irã, porque há muitas coisas a serem esclarecidas, e para tal vamos viajar em breve para Teerã.”