AGÊNCIA DA BOLÍVIA SUSPENDEU O ACORDO DE DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES NUCLEARES COM A ROSATOM
A Agência Boliviana de Energia Nuclear (ABEN) andou três casas para trás ao decidir suspender um projeto de tecnologias nucleares com a Rosatom. A ideia era construir um centro de pesquisas nucleares, principalmente para o setor da medicina nuclear. A entidade também resolveu paralisar outros de seus projetos. Para lembrar, durante uma reunião em Viena, em 2017, a ABEN assinou com uma das subsidiárias da corporação estatal russa de energia atômica, Rosatom, a criação de um centro de pesquisa na cidade de El Alto.
O ministro de Minas e Energia da Bolívia, Álvaro Guzmán (foto), declarou que pedirá à ABEN que explique os motivos da suspensão do projeto com a Rosatom e os demais. Segundo fontes do mercado, o novo governo da Bolívia, liderado interinamente pela senadora Jenine Añez, está avaliando e tentando entender as causas da suspensão.
Em novembro do ano passado, o diretor executivo da Rosatom, Alexey Likhachev, disse esperar que a mudança de governo na Bolívia não afetasse a realização do projeto conjunto. O diretor da ABEN, Juan Alfredo Jordán Romero, disse em um comunicado publicado no site da agência, que “a única coisa que sabemos é que o reator nuclear, o centro nuclear multiuso e o cíclotron custaram US$ 351 milhões ao Tesouro Geral da Nação, um investimento sobre o qual não há controle, mas apenas acompanhamento de acordo com o contrato. Por esses motivos, foi determinada a paralisação dos trabalhos do Centro de Pesquisa e Tecnologia Nuclear, e a retomada dos trabalhos dependerá da Assembléia Legislativa Plurinacional e da Procuradoria Geral da República, instâncias que devem tomar conhecimento da documentação que enviamos”.
A companhia russa também emitiu o seguinte comunicado: “A Rosatom continua a implementar o projeto CNST na Bolívia. Não recebemos notificações oficiais de nossos parceiros bolivianos sobre a suspensão do projeto”.
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