AGÊNCIA INTERNACIONAL DE ENERGIA ATÔMICA CONCLUI TRABALHO PARA AVALIAR A EXTENSÃO DA USINA NUCLEAR ANGRA 1
A equipe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) composta por dois oficiais de segurança da entidade e quatro especialistas de Argentina, Hungria, Suécia e Eslovênia, que foram inspecionar a Usina Nuclear Angra 1, concluiu a revisão “Pré-Salto de Angra 1.” A sigla significa, na tradução, aspectos de segurança para a operação de longo prazo. O objetivo foi verificar o andamento da implementação de medidas baseadas nas recomendações feitas pelos especialistas da agência em 2018, quando foi realizada a segunda de duas missões Pre-Salto. A primeira foi em 2013. Para o final de 2023, já está programada uma nova “Missão Salto,” de escopo integral, que consiste em uma avaliação por pares (peer review) com foco nos aspectos de segurança para a operação de longo prazo de usinas nucleares. O objetivo de todo desse processo, solicitado pela Eletronuclear, é realizar uma avaliação independente do Programa de Extensão da Vida Útil (LTO) da unidade.
A iniciativa contribui para a Eletronuclear consolidar a renovação da licença de Angra 1 por mais 20 anos a partir de 2024, quando a atual expira. Em 2019, a empresa deu entrada nessa solicitação junto à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). “Já estamos trabalhando há alguns anos para que Angra 1 chegue a esse marco seguindo as melhores práticas internacionais de operação de longo prazo”, disse o Gerente do Programa de Extensão de Vida Util ( LTO) e coordenador da Diretoria Técnica, José Augusto Amaral.
Segundo o líder da equipe de especialistas e Oficial de Segurança Nuclear da AIEA, Martin Marchena, foi possível observar que a Eletronuclear está preparando Angra 1 em tempo hábil para uma operação de longo prazo segura: “Com base nos esforços da operadora para atender às recomendações feitas pela equipe Salto em 2018, foram realizadas melhorias significativas na área de gerenciamento do envelhecimento”. Para o superintendente de Angra 1, Abelardo Vieira, o relatório apresentado pelos especialistas foi excelente: “Quatro anos depois, temos 90% de tudo que nos propusemos a fazer concluído ou bem encaminhado. O resultado se deve a uma equipe de excelência da Eletronuclear, que está dedicada ao desenvolvimento desse trabalho”.
A missão considerou resolvidas 11 das 21 deficiências apontadas no relatório de 2018. Em oito das demais, o progresso foi avaliado como satisfatório, faltando apenas seguir o caminho traçado para alcançar a solução final. Nas duas restantes, foi julgado que ainda pode haver melhorias adicionais. Durante a reunião de fechamento da missão, o diretor de Operação e Comercialização, João Carlos da Cunha Bastos, comprometeu-se a resolver as questões destacadas pelos especialistas, para que seja possível obter um resultado ainda melhor no final do ano que vem, na missão Salto. Ele destacou ainda que a Eletronuclear tem um entendimento claro sobre a contribuição das missões e da cooperação técnica da AIEA para a companhia manter um foco contínuo na segurança operacional, participar de missões de revisão, grupos de trabalho e reuniões técnicas: “Temos trabalhado conjuntamente com a AIEA nos últimos quatro anos, realizando diversos workshops e missões de suporte técnico, além de ter enviado nossos engenheiros para participar ativamente de missões de revisão, grupos de trabalho e reuniões técnicas”, afirmou.
João Carlos Amaral concluiu agradecendo à entidade pelos esforços empreendidos em prol de Angra 1: “Apreciamos o apoio da AIEA à nossa planta no gerenciamento do envelhecimento e na preparação para uma operação de longo prazo segura. Vamos continuar a aprimorar nossos processos para atender de modo ainda mais completo aos padrões de segurança da agência.” Amaral explica que agora a Eletronuclear se debruçará sobre os próximos passos para renovar a licença da usina. “Vamos prosseguir com os esforços para concluir com sucesso a terceira Reavaliação Periódica de Segurança, que será entregue à Cnen em 2023, e atender aos requisitos do licenciamento nuclear e ambiental”, concluiu.
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