AGÊNCIA INTERNACIONAL DE ENERGIA ATÔMICA E A ITER FAZEM ACORDO PARA DESENVOLVER A FUSÃO NUCLEAR
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e a Organização Internacional de Energia de Fusão ITER, devem intensificar uma cooperação em pesquisa de fusão nuclear e atividades correlatas. O novo acordo amplia um contrato assinado em 2008. O diretor-geral assistente da AIEA e coordenador-chefe, Cornel Feruta, assinou o acordo com Diretor-Geral da Organização ITER, Bernard Bigot. Nos termos dos acordos, o ITER partilhará a sua experiência relacionada com a segurança da fusão nuclear e a proteção contra radiações, beneficiando os 171 Estados-Membros, incluindo os que não são membros do ITER. As informações do ITER desempenhariam um papel importante para o potencial desenvolvimento das normas de segurança da AIEA relacionadas com a fusão nuclear, bem como orientações relevantes em matéria de segurança nuclear.
As duas organizações também implementarão iniciativas educacionais sobre física de plasma e engenharia de fusão. Eles coordenarão atividades de divulgação pública e cooperarão na gestão do conhecimento e no desenvolvimento de recursos humanos. O diretor-geral da AIEA, Yukiya Amano, disse que : “O desafio de atingir o objetivo da produção de energia de fusão só pode ser alcançado através de esforços internacionais. O impressionante trabalho do ITER desempenha um papel central neste campo. Aguardamos nossa intensa colaboração.” Bigot acrescentou afirmando que “A AIEA abriga uma ampla gama de iniciativas em fusão e é a principal organização internacional na promoção de pesquisa global nesta área. Nossos acordos práticos aprofundam a longa tradição de cooperação entre nossas organizações”.
A Organização ITER coordena a construção do Reator Termonuclear Experimental Internacional em Cadarache, no sul da França. Este é um grande projeto internacional para a construção de um dispositivo de fusão Tokamak de 500 MW, projetado para provar a viabilidade da fusão como uma fonte de energia em larga escala e livre de carbono. A União Europeia está contribuindo com quase metade do custo de sua construção, enquanto os outros seis membros (China, Índia, Japão, Coréia do Sul, Rússia e EUA) estão contribuindo igualmente para o restante. Segundo um calendário revisto estabelecido pela Organização ITER, o primeiro plasma está previsto para 2025, com experiências de fusão de deutério-trítio a começar em 2035. Os custos de construção deverão ser de cerca de US$ 22,6 bilhões.
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