AGÊNCIA INTERNACIONAL DE ENERGIA DIZ QUE OS ESTADOS UNIDOS REPRESENTARÃO QUASE 60% DA OFERTA GLOBAL ATÉ 2023

O crescimento da produção de petróleo dos Estados Unidos, Brasil, Canadá e Noruega pode manter o mundo bem abastecido, mais do que enfrentar o crescimento global da demanda de petróleo até 2020, mas será necessário mais investimentos para aumentar a produção depois disso, de acordo com o último relatório anual da Agência Internacional de Energia relatório sobre os mercados do petróleo. Ao longo dos próximos três anos, os ganhos dos Estados Unidos serão cobertos por 80% do crescimento da demanda mundial, com o Canadá, o Brasil e a Noruega, capazes de cobrir o resto, de acordo com o Oil 2018, o período de cinco anos da AIE análise de mercado e previsão. O relatório conclui que, apesar da queda de custos, serão necessários investimentos adicionais para estimular o crescimento da oferta após 2020. A indústria do petróleo ainda não se recuperou de uma queda sem precedentes de investimento de dois anos em 2015-2016, e a agência vê de pouco a nenhum aumento nas despesas fora dos Estados Unidos em 2017 e 2018.

Impulsionada pelo crescimento econômico na Ásia e por uma indústria de petroquímicos que está ressurgindo  nos Estados Unidos, a demanda mundial de petróleo aumentará 6,9 milhões de barris/dia,  em 2023,  a 104,7 mb /d. A China continua a ser o principal motor do crescimento da demanda, mas políticas mais rigorosas para reduzir a poluição do ar retardarão o crescimento. A crescente penetração de ônibus elétricos e caminhões GNL terão um impacto maior na contenção do consumo de combustíveis de transporte do que a eletrificação de veículos de passageiros. Nos Estados Unidos, os padrões de economia de combustível para automóveis de passageiros reduzirão a demanda de gasolina com crescimento proveniente do setor petroquímico, que está prosperando graças ao baixo teor de etano. A nova capacidade global de petroquímica representará 25% do crescimento da demanda de petróleo até 2023.

Enquanto isso, uma nova regra de combustível marinho, com menor teor de enxofre que entrará em vigor em 2020, está criando incerteza no mercado. Praticamente todo o crescimento da produção da OPEP vem do Oriente Médio. Na Venezuela, a produção de petróleo caiu mais da metade nos últimos 20 anos, e as declinações devem acelerar. Uma produção em declínio acentuado na Venezuela compensará os ganhos no Iraque, resultando em um crescimento da capacidade de petróleo bruto da OPEP de apenas 750 mil barris por dia até 2023. A menos que haja uma mudança nos fundamentos, a capacidade efetiva de capacidade de reserva externa cairá para apenas 2,2% da demanda até 2023, o número mais baixo desde 2007.

O Diretor Executivo da AIE Fatih Birol, disse que  “Os Estados Unidos devem colocar o seu selo nos mercados mundiais de petróleo nos próximos cinco anos. Mas, como já destacamos repetidamente, a fraca imagem do investimento global continua a ser motivo de preocupação. Mais investimentos serão necessários para compensar o declínio dos campos de petróleo – o mundo precisa substituir 3 milhões de barris por dia de quedas por ano, o equivalente a o Mar do Norte , ao mesmo tempo em que se encontra com um forte crescimento da demanda “.