AGÊNCIA REGULADORA NUCLEAR FRANCESA LIBERA OPERAÇÃO DE MAIS UM REATOR DA USINA FLAMENVILLE 3

O regulador nuclear francês decidiu provisoriamente que o Flamanville 3 da EDF pode começar de forma segura, mas que a cabeça do recipiente de pressão do reator (RPV) precisará ser substituída até o final de 2024. A Autoridade de Segurança Nuclear (ASN) disse que a  Unidade, que está em construção no noroeste da França, é adequada para operação.    Areva  identificou uma anomalia na composição do aço em certas zonas da cabeça de fechamento do RPV e cabeça inferior do EPR de Flamanville, em abril de 2015. O grupo de engenharia iniciou um programa de teste para demonstrar que a resistência mecânica do aço é suficiente em todas as situações operacionais, incluindo situações de acidentes. Suas conclusões foram enviadas à ASN em dezembro de 2016. A ASN disse ontem que apresentou sua posição em relação à anomalia Baseando-se no seu departamento de equipamentos de pressão nuclear e na análise de arquivos que a Areva  e a EDF forneceram.

 A cabeça de fechamento atual não deve ser operada além de 2024. Até lá  uma outra deve ser construída para substituir a atual.  O trabalho de construção começou em dezembro de 2007 na unidade Flamanville, na Normandia, que tem a capacidade de gerar de 1650 MW .  Dois reatores já operam desde 1986 e 1987. A cúpula do edifício do reator foi implantada em julho de 2013 e a embarcação do reator foi instalada em janeiro 2014. Inicialmente, o reator iniciaria operação comercial em 2013, mas devido a atrasos deverá começar no final de 2018. A aprovação pela ASN do início das operações na Flamanville 3 é uma condição prévia da Comissão Europeia para aprovar a aquisição planejada pela EDF do negócio de reatores de Areva.

 Em um comunicado oficial,  a ASN diz que:

 “Com base nas análises técnicas realizadas, a ASN considera que as características mecânicas da cabeça inferior do recipiente de pressão são adequadas em relação às cargas a que essas peças estão sujeitas, incluindo situações de acidente. No entanto, a anomalia na composição química do aço implica uma redução nas margens em relação ao risco rápido de fratura. A ASN considera, portanto, que a EDF deve implementar inspeções periódicas adicionais para garantir que nenhuma falha apareça posteriormente.  A ASN observa que tais inspeções podem ser realizadas na cabeça do fundo da embarcação e, portanto, considera que elas devem ser implementadas. No entanto, a viabilidade técnica de inspeções similares na cabeça de fechamento do vaso de pressão não está estabelecida. A ASN considera, portanto, que o uso do fechamento A cabeça deve ser limitada no tempo. Observa que levaria cerca de sete anos para fabricar uma nova cabeça de vaso, que poderia estar disponível até o final de 2024. Nestas condições, a ASN considera que o atual cabeçote de fechamento não deve ser operado além Naquele encontro “.