AIE PROJETA AUMENTO DE QUASE 15 VEZES NA GERAÇÃO NUCLEAR DA ÍNDIA ATÉ 2050
Para passar a fornecer eletricidade para 300 milhões de pessoas e diminuir sua dependência do carvão, a Índia necessita de uma larga expansão em sua geração nuclear. Para isso, serão necessários investimentos em todo o setor de energia do país, com as energias renováveis ??e a nuclear na linha da frente, visando a uma mistura de baixo carbono. De acordo com estudo da Agência Internacional de Energia (AIE), com média de apenas 673 kWh por ano, o consumo per capita de eletricidade na Índia é menos de um quarto da média global.
No cenário proposto pela AIE para o ano de 2050, as fontes renováveis ??forneceriam 40% da eletricidade da Índia, enquanto a nuclear seria responsável por 15%. O uso de carvão intensivo em carbono para geração de potência cairia dos atuais 80% para menos de 20%. A previsão é que a geração total de energia na Índia quadruplique até 2050, sendo que a fonte nuclear aumentaria quase 15 vezes, de 5,3 GWe para 80 Gwe. A meta oficial do país é mais ambiciosa. A geração nuclear atingiria 25% do fornecimento de eletricidade naquele ano.
Após a Índia ter rejeitado o Tratado de Não Proliferação Nuclear e sido excluído do comércio internacional, a questão foi resolvida e o país passou a fornecer urânio e combustível nuclear no mercado aberto. Segundo a AIE, isso resultou em maior desempenho das usinas nucleares existentes, de modo que, entre 2008 e 2013, o fator médio de utilização de reatores da Índia subiu de 40% para 72%.
A Índia iniciou a operação de um dos dois grandes reatores de água pressurizada VVER-1000, da Rússia, e está conversando com outros fornecedores, enquanto planeja importar uma variedade de grandes unidades. A questão atual a ser resolvida é a recente legislação do país, que responsabiliza os fornecedores ??por danos resultantes de um eventual acidente nuclear, mesmo que já tenham se passado muitos anos desde a entrega da planta.
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