AINDA NÃO HÁ PREVISÃO DE QUANDO SERÁ DEVOLVIDO O DINHEIRO DE PAULO ROBERTO NO EXTERIOR
Os US$ 25,8 milhões que Paulo Roberto Costa mantém em contas na Suíça e nas Ilhas Cayman ainda não têm previsão para serem reavidos ao Brasil. Mesmo com a autorização do ex-diretor para a devolução da quantia, em troca dos benefícios propostos no regime de delação premiada, as autoridades brasileiras não sabem como será o andamento das tratativas judiciais junto às autoridades internacionais, já que não há casos parecidos na história do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI). Os tratados dos quais o país faz parte preveem que os valores identificados no exterior permaneçam congelados na moeda local, até que haja ordem para serem devolvidos.
Outra incerteza se refere ao trâmite do processo após a delação de Paulo Roberto Costa. O ministro relator Teori Zavascki (foto) ainda não decidiu se a investigação terá sequência no STF, onde poderá demorar mais, ou em outra corte. Além da devolução das quantias depositadas nas ilhas Cayman, o ex-diretor se comprometeu a pagar R$ 5 milhões em forma de fiança, outros R$ 5 milhões de indenização, além de devolver bens aos cofres públicos, entre eles uma lancha e um terreno em Mangaratiba, no Rio de Janeiro, ambos com valores acima de R$ 1 milhão e a Range Rover que ganhou do doleiro Alberto Yousseff, avaliada em R$ 300 mil.
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