REDE PETRO QUER SER PORTA DE ENTRADA PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS NO SETOR DE ÓLEO E GÁS

A Rede Petros, instituição oriunda de convênio entre a Petrobrás e o Sebrae, vem ajudando micro, pequenas e médias empresas do setor de óleo e gás a crescer. A instituição tem como objetivo fomentar a indústria interna para suprir a exploração do pré-sal, promovendo treinamentos e cursos para obtenção de qualificação e certificação necessárias (CRCC) para que a empresa possa vender para a Petrobrás, principal compradora do mercado brasileiro. A Rede Petros, que conta com 16 unidades em todo o Brasil, são associações sem fins lucrativos formadas por empresas e auxiliada pelo Sebrae para facilitar o acesso destas empresas menores a oportunidades de negócios maiores, aos quais estas não teriam acesso por si sós. Para falar sobre as Redes Petros o repórter André Dutra conversou com o coordenador das Redes Petro do Brasil, Fernando Potsch.

Qual o trabalho feito pela Rede Petros?

Nós oferecemos treinamentos e cursos de qualificação e certificação para as micro, pequenas e médias empresas que vão de 6 a 8 meses, e além disso nós fazemos toda a orientação para que as empresas participantes se cadastrem no CRCC, para que tenham a certificação necessária para assinar contratos com a Petrobrás. Também orientamos as empresas que fazem parte da rede a trabalharem em conjunto, pois assim são mais fortes e podem competir com as grandes fornecedoras pelos melhores contratos do país, que são os da Petrobrás.

A lei de conteúdo nacional é o que pauta o trabalho da Rede Petros? Quais são os focos do trabalho da rede?

Sim e não. Apesar de acharmos muito importante que o Brasil tenha esta política pública de fortalecimento da indústria local, nós temos a lei de conteúdo nacional como foco da nossa orientação à médio prazo. A curto prazo o nosso objetivo é qualificar as empresas para inseri-las no mercado de petróleo e gás brasileiro, para que possam depois “se virar” sozinhas. Já a longo prazo nós nos inspiramos em modelos como os da Inglaterra e Noruega, que já estão em fase descendente de exploração do óleo, e agora exportam empresas que possuem a expertise de anos de operação nos seus respectivos países.

A orientação dada pela Rede Petros às empresas participantes é de sempre mirar a Petrobrás como cliente?

É o que procuramos passar, já que se trata do destino final de todas as transações do setor no Brasil. Porém, para a coisa não ficar tão unidirecional, nós também estamos nos aproximando de grandes empresas que têm contratos grandes com a Petrobrás para tentar negócios com as empresas do Rede Petros para fornecimento de materiais e mão de obra.

A Rede Petros promove algum tipo de evento, além dos treinamentos e cursos, para seus integrantes?

Sim. Nós temos um Fórum a nível nacional que ocorre anualmente. O Fórum é um espaço onde as 16 unidades da Rede Petros se reúnem com representantes de grandes empresas e da própria Petrobrás para discutirem negócios entre si. Nós procuramos sempre integrar o andar de cima do setor de óleo e gás, que são as políticas públicas, o governo, o PAC, etc. E o andar de baixo, que é composto pelas micro, pequena e média empresas. A Rede Petros procura semprea facilitar a vida deste andar de baixo, e os eventos promovidos pela rede servem como grandes encontros de negócios tanto entre as empresas quanto entre os andares, dinamizando através do associativismo os negócios do andar de baixo do setor de petróleo e gás no brasil.